A Justiça do Estado de São Paulo emitiu mandados de prisão contra o casal capixaba. Eles são suspeitos de envolvimento em um esquema de desvio de remédios furtados de hospitais e centros de distribuição de órgãos públicos da cidade de Campinas, em São Paulo. O delegado Elton Costa, responsável pelas investigações, informou que o casal é considerado foragido, já que não se apresentaram à Polícia Civil.
As investigações apontam que o casal, que reside no município da Serra, Gleidson e Julianna, são acusados de fazer parte de um grupo que desviou mais de R$ 1,1 milhão em medicamentos de alto custo para o tratamento de câncer. Os mandados de prisão foram emitidos no final de abril, mas até o momento, o casal não foi encontrado pelas autoridades. Conforme o delegado Elton Costa, desde o início das investigações, havia evidências claras do envolvimento do casal no esquema.
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Investigações
A Polícia Civil está tentando esclarecer se há mais pessoas envolvidas no Espírito Santo. Segundo o delegado, os medicamentos eram repassados para clínicas do Rio de Janeiro, do Espírito Santo e até para uma clínica registrada no nome do irmão de Julianna Ritter. Existe a possibilidade de que algumas dessas pessoas tenham sido enganadas pelo grupo criminoso, que mentia sobre a procedência dos remédios.
O advogado do casal informou que solicitou habeas corpus para seus clientes, mas o pedido foi negado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Ele alegou que Gleidson e Julianna não tinham total conhecimento sobre os atos ilícitos. Entretanto, as autoridades estão determinadas a cumprir os mandados de prisão e solicitam a ajuda da população através do Disque-Denúncia 181.
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Como funcionava o esquema
Em janeiro deste ano, uma reportagem do “Fantástico” detalhou o esquema de desvio de medicamentos. Os remédios, comprados com dinheiro público e destinados ao tratamento de câncer, eram furtados da farmácia judicial de Campinas. O servidor José Carlos dos Santos era responsável por retirar os medicamentos do estoque, enquanto Gabriela Carvalho, enteada de José Carlos, despachava os remédios com a ajuda do marido Michael Carvalho, apontado como o chefe da organização.
Maria do Socorro, esposa de José Carlos, movimentava o dinheiro oriundo da venda ilegal dos medicamentos. O casal Gleidson e Julianna, no Espírito Santo, recebia os medicamentos e os repassava para clínicas. A investigação continua para identificar outros possíveis envolvidos no esquema.