Nesta terça-feira (02), a Polícia Civil (PCES), por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra detalhou, em coletiva de imprensa, o homicídio de Raul de Souza Cunha, de 29 anos, ocorrido na noite de 30 de junho de 2023, no bairro Carapina Grande.
DHPP Serra anuncia prisão de cinco suspeitos de homicídio no bairro Carapina Grande
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Cinco suspeitos, com idades entre 20 e 30 anos, foram presos pelo crime, incluindo o chefe do tráfico local, Felipe Almeida Santos, conhecido como “Carroça”.
Crime
Conforme divulgado na época pelo Serra Noticiário, Raul de Souza Cunha, dependente químico, foi perseguido e morto a pauladas em uma via pública de Carapina Grande. Segundo as investigações, Raul havia roubado drogas do ponto comandado por Felipe “Carroça”, motivando a ordem de execução.
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Dinâmica da execução
No dia do crime, Felipe reuniu seus comparsas e ordenou que matassem Raul. Armados com pedaços de pau e um bastão de ferro, o grupo cercou a casa da vítima. Desesperado, Raul tentou fugir pulando telhados até cair dentro de um galpão aberto, onde foi espancado até a morte. Felipe filmou a execução com seu celular, enquanto Raul implorava por sua vida.
“O bando se armou com pedaços de pau e um deles, Luciano, estava com um bastão de ferro. Quando chegaram até a casa de Raul, eles cercaram a casa e um dos adolescentes ficou atrás da casa“, relatou o delegado Rodrigo Sandi Mori.
Execução no meio da rua
A vítima foi perseguida e morta numa sexta-feira à noite em uma via movimentada do bairro. Sete pessoas, armadas com paus, perseguiram Raul enquanto uma oitava pessoa filmava tudo. “Eles fizeram tudo de cara limpa e não conseguimos imagens porque as pessoas ficaram com medo do Carroça“, explicou o delegado.
Felipe “Carroça” é considerado muito perigoso, agindo com crueldade contra quem contrariava suas ordens no tráfico de drogas.
Investigação e perfil dos envolvidos
As investigações duraram 10 meses e identificaram oito envolvidos no crime, incluindo três adolescentes. Felipe foi identificado como chefe do tráfico e agiota do bairro Campinha Grande. Ele já tinha uma longa ficha criminal, tendo entrado no sistema penitenciário em 2013, aos 18 anos, por roubo e homicídio, e cumprido 9 anos de prisão. Foi libertado em 2022 e, pouco mais de um ano depois, cometeu o homicídio de Raul. Felipe foi preso novamente em 15 de abril de 2024.
Renan, outro integrante do grupo de Felipe, foi preso durante a investigação. “Em 18 de maio de 2023, foi preso por tráfico de drogas, posto em liberdade no dia 16 de junho de 2023, com uso de tornozeleira eletrônica. Catorze dias após essa liberdade, cometeu o crime. No dia do fato, o rastreio da tornozeleira indicou que ele estava no local do crime na data e horário“, afirmou o delegado.
Mateus e Luciano já haviam sido presos entre os dias 5 e 6 de julho de 2023 por um homicídio ocorrido em 6 de abril de 2023 no bairro André Carloni, Serra.
Impacto na comunidade
Para o delegado Rodrigo Sandi Mori, chefe da DHPP Serra, as prisões representam um alívio para os moradores de Carapina Grande. “Essas prisões desarticulam uma associação criminosa que impunha terror pela violência e tráfico na região. Esperamos que essa prisão devolva a sensação de paz e tranquilidade aos moradores do bairro Carapina Grande“, declarou o delegado.