Na última quarta-feira (03), a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), em parceria com o Instituto Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-ES) e a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (ALES), realizou a 4ª fase da Operação “Consórcio Fake”. Durante a operação, seis empresas de consórcios localizadas em Vitória e na Serra foram interditadas, acusadas de aplicar golpes em seus clientes.
Até agora, a Operação “Consórcio Fake” já resultou no fechamento de 16 empresas. Durante uma coletiva de imprensa na quinta-feira (04), o presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa, deputado Vandinho Leite (PSDB), destacou a importância da operação e comentou sobre a sofisticação das fraudes cometidas pelas empresas suspeitas.
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Como funcionavam os golpes
De acordo com o deputado Vandinho Leite, as vítimas eram atraídas por anúncios de produtos como carros, motos e terrenos a preços baixos. Acreditando que estavam fechando um financiamento, elas pagavam uma entrada em dinheiro. No entanto, em vez de assinarem um contrato de financiamento, acabavam assinando contratos de consórcio.
As vítimas iam até os locais indicados para comprar os produtos por meio de um suposto financiamento. Na realidade, o que assinavam eram contratos de consórcio, que não garantiam a retirada imediata do bem. Esse consórcio inicial envolvia apenas o pagamento de taxas administrativas, resultando na perda do dinheiro investido pelas vítimas.
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O deputado Vandinho Leite ressaltou que o Procon tem o poder de interditar rapidamente empresas suspeitas, prevenindo mais fraudes. Ele deixou um alerta para a população sobre a necessidade de desconfiarem de condições e preços muito baixos.
Vídeo Youtube SN:
4ª fase da operação
O delegado Eduardo Passamani, titular da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor, explicou que houve uma mudança de estratégia na 4ª fase da operação. Anteriormente, as prisões não foram suficientes para impedir que as empresas voltassem ao mercado e continuassem aplicando golpes. Agora, com a parceria do Ministério Público, a operação busca responsabilizar os mentores dessas organizações criminosas e impedir que continuem prejudicando os consumidores. Passamani enfatizou a importância das denúncias: “Quanto mais reclamações tivermos, mais poder teremos para fechar essas empresas.”
A operação teve início em 24 de julho de 2023, quando duas empresas de consórcio foram interditadas em Vila Velha e Vitória. Na ocasião, quatro pessoas foram presas em flagrante, acusadas de induzir o consumidor a erro, tentativa de estelionato e organização criminosa. Cerca de 20 dias depois, mais três empresas foram interditadas e quatro pessoas foram detidas em flagrante, com apreensões de bens e veículos.
Na terceira fase, realizada em maio de 2024, mais três suspeitos foram detidos e outra empresa foi interditada. As investigações continuam, e tanto a Polícia Civil quanto o Procon reforçam a importância de agir com cautela em negociações e anúncios suspeitos. A população deve procurar a polícia e o Procon ao perceber algo errado, para evitar cair em golpes.
Polícia Civil realiza operação contra empresa por fraude em financiamentos na Serra