Os suspeitos de matar Priscila dos Santos de Ambrósio, de 35 anos, e seu filho Igor Gabriel de Ambrósio, de 4 anos, na última segunda-feira (15) em Nova Carapina I, na Serra, foram identificados como Ricardo Elias Santana e Iavelina Noemia de Oliveira. Ambos eram vizinhos das vítimas.
Nesta segunda-feira (22), durante coletiva de imprensa, a Polícia Civil revelou mais detalhes sobre o crime. Priscila e Igor foram espancados com uma marreta até a morte, e encontrados na varanda de casa, cobertos de sangue. Segundo a Polícia Civil, Priscila havia emprestado R$ 10 mil a Ricardo, prática conhecida como agiotagem. Incapaz de pagar a dívida, Ricardo, com a ajuda de Iavelina, arquitetou o assassinato.
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Prisão dos suspeitos, confissão e evidências
As investigações conseguiram identificar os dois suspeitos e a decretação da prisão deles pela justiça. Na sexta-feira (19), de forma simultânea, uma equipe da Polícia Civil liderada pelo delegado Rodrigo Sandi Mori ficou de campana em frente à residência de Ricardo, enquanto uma equipe liderada pela delegada Fernanda Diniz foi até a casa de Iavelina, onde ela confessou a participação no crime junto com Ricardo.
Na casa de Ricardo, um pintor de 45 anos, ele foi preso assim que apareceu. Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão na residência dele, foram encontradas a camisa e os sapatos utilizados durante o crime. Além disso, foi encontrada uma mochila contendo uma marreta e luvas, que ele usava para não deixar digitais no local do crime.
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Durante depoimento, Ricardo confessou o crime de forma fria, demonstrando arrependimento apenas por matar a criança. A marreta usada no crime foi apresentada em coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira. Priscila foi morta a marretadas, assim como Igor, que recebeu oito golpes.
Bilhete para desviar investigação
Um bilhete foi encontrado ao lado dos corpos, escrito por Ricardo para desviar o foco da investigação. O conteúdo mencionava outros agiotas, mas não foi revelado pela polícia.
Relação entre suspeita e vítima
Iavelina, de 35 anos, era amiga de Priscila e passou a manhã do crime com Igor, facilitando o assassinato. Priscila não imaginava ser vítima de um crime orquestrado por pessoas próximas. Ricardo e Iavelina entraram na casa sob o pretexto de entregar o dinheiro da dívida.
Outro crime ligado aos suspeitos
Além do duplo homicídio, Ricardo e Iavelina são suspeitos de tentar matar um idoso de 66 anos no mesmo bairro, seis dias antes. O idoso emprestou R$ 4 mil a Ricardo, e a dívida cresceu. Para evitar o pagamento, Ricardo tentou matar o homem com golpes de marreta e cortes no pescoço. A vítima sobreviveu, mas permanece internada em estado grave, revelou o delegado Rodrigo Sandi Mori. O delegado também revelou que ambos são suspeitos de envolvimento em outros dois homicídios.
Perícia e investigação
A casa onde Priscila e Igor foram assassinados passou por nova perícia um dia após o crime. A reportagem do Serra Noticiário apurou que Priscila morava em Nova Carapina I há mais de 25 anos, e a família planejava sair do imóvel no próximo mês para se mudar para uma residência que estava sendo reformada há cerca de um ano. O plano foi interrompido pela tragédia.
Dinâmica do crime
De acordo com a Polícia Civil, Ricardo e Iavelina entraram na casa no momento do crime, e Iavelina ficou com a criança enquanto Ricardo atacava Priscila com uma marreta. A vítima pedia socorro, mas Ricardo continuava as agressões. Igor viu a cena e pediu que parasse, mas foi agredido também. Os golpes com a marreta foram todos dados por Ricardo, com a criança recebendo oito golpes. Mais detalhes sobre o caso estão no vídeo da coletiva logo abaixo: