O protesto foi anunciando para próxima sexta-feira (10), mas adesão da tropa a manifestação será pouca ou quase nenhuma, afirmam militares ouvidos pelos Serra Noticiário
Os sindicatos e associações das forças de segurança pública prometem ir às ruas em protesto contra a desvalorização das categorias. O ato reivindicatório está marcado para às 10 horas da manhã de sexta-feira (10). E terá como ponto de concentração, o Palácio Anchieta, local de trabalho do governador Renato Casagrande (PSB).
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A manifestação está sendo organizada pela “Frente Unificada de Valorização Salarial”, que compõem as associações dos Militares da Reserva, de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiros Militar, de Subtenentes e Sargentos, de Oficiais; de Investigadores, de Bombeiros Militares; dos Delegados de Polícia e o Sindicato dos Delegados de Polícia.
Segundo relatam as entidades, os acordos estabelecidos com os policiais civis, policiais e bombeiros militares foram descumpridos pelo governo. Eles ainda reclamam da resistência dos governistas em dialogar.
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A manifestação será um fiasco
A manifestação terá pouco ou quase nenhuma adesão da tropa, conforme o jornal Serra Noticiário, apurou com exclusividade. Foram ouvidos diversos policiais militares, por unanimidade todos expressaram que a população não precisa ficar preocupada.
Segundo os policiais consultados, descartam qualquer risco de paralisação, a maioria dos militares, não se sentem representados pelas atuais diretorias dos sindicatos e associações que compõem a “Frente Unificada de Valorização Salarial”
Nova Carta aberta da alta cúpula da PM
Após a primeira carta assinada por 15 coronéis da PM capixaba, onde diziam que havia risco de nova paralisação, os coronéis divulgaram uma segunda carta endereçada à população capixaba, em que descartam qualquer tipo de paralisação. Confira abaixo a nova carta na íntegra:
NOTA DE ESCLARECIMENTO À SOCIEDADE CAPIXABA
Os Coronéis que abaixo subscrevem, diante de inúmeras manipulações e distorções da verdade propagadas em redes sociais e em blogs de notícias falaciosas, veem a público, diante da sociedade capixaba, repudiar com veemência as falsas ilações e afirmações de que o objetivo do documento produzido pelos signatários, remetido ao Exmo. Sr. Secretário de Segurança Pública, que dirige e coordena as corporações de Segurança Pública, teria relação com um suposto plano ou ameaça de paralisação dos serviços da Polícia Militar, o que obviamente se trata de uma campanha caluniosa e difamatória perpetrada por interesses escusos, sem qualquer compromisso com a proteção da sociedade, o que não é o caso destes coronéis, fiéis defensores da lei e da ordem, da hierarquia e disciplina, conforme já se testemunhou no passado e até hoje por seus pares e subordinados.
Quanto aos agentes responsáveis por tamanha leviandade serão adotadas as medidas judiciais próprias.
Por fim, os Coronéis signatários declaram que o documento era de natureza interna, dirigido a autoridade máxima da segurança pública, mediante ciência dada ao Comandante-Geral, pela mesma via, e visava tão somente solicitar agenda de reunião do coronelato justamente para que fossem restabelecidos os canais de comunicação internos essenciais para a boa gestão estratégica da corporação, sobretudo os que envolvem assuntos sensíveis de interesse geral da Instituição.
Na última quinta-feira, logo após o Secretário despachar de volta a solicitação de agenda de reunião, uma reunião de Alto Comando foi convocada pelo Comandante-Geral sendo que todos os assuntos corporativos foram apresentados e comprometendo-se o Cmt Geral em dar encaminhamento interno e aos escalões superiores para resposta ao Alto Comando da PMES, como sempre foi a praxe gerencial na PMES, de maneira que reafirmamos nosso compromisso com a ética, lealdade, verdade e integridade institucional, respeitando as autoridades legais e instituídas do Comando-Geral, Secretário de Segurança Pública e Governador do Estado.
O Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo também emitiu nota negando qualquer tipo de paralisação.
NOTA DE ESCLARECIMENTO À POPULAÇÃO CAPIXABA