A Comissão de Direitos Humanos se reuniu nesta terça-feira (27) para discutir a saúde mental dos agentes de segurança do Estado
Durante a reunião, os professores apresentaram os resultados de uma pesquisa realizada pelo NUPLA da UFES em parceria com a SESP
Segundo o levantamento, no período de 2013 a 2022, a taxa média de suicídio entre policiais militares, civis e bombeiros foi de 22,2 por 100 mil profissionais de segurança e defesa social
A pesquisa também constatou que 93% desses profissionais sofrem de insônia, 84% apresentam quadros de estresse, 46,8% fazem uso contínuo de medicação e 68,9% sofrem com sintomas de burnout
Lucas Polese (PL) reforçou que saúde mental é um "tema fundamental de ser debatido" e que há "policial morrendo mais de depressão, suicídio, do que na guerra ao tráfico."
Marcelo Fetz, coordenador do Nupla, ressaltou a necessidade de melhorar a qualidade de vida desses servidores, principalmente em relação à saúde psicológica
A deputada Camila Valadão (Psol), concordou com as propostas e revelou que já protocolou um pedido para a criação da Frente Parlamentar em Defesa da Saúde Mental e da Luta Antimanicomial
Adriana Madeira chamou a atenção para o fato de que 40% dos agentes de segurança sofrem de estresse pós-traumático, além de destacar que as mulheres são as mais afetadas por problemas de saúde mental
Ela defendeu a implementação de terapias preventivas, suporte nas áreas de nutrição, cardiologia e psicologia, programas de redução do uso de álcool e apoio psiquiátrico como soluções para o problema
Iriny Lopes (PT) destacou que é necessário melhorar as condições de trabalho dos agentes de segurança, mas ressaltou que também é preciso promover uma mudança social ampla