Na última quarta-feira (09), a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra e com o apoio da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), prendeu Heric da Silva Fidelis de Miranda, de 22 anos, acusado de envolvimento no latrocínio do taxista José Erculano Marques, de 75 anos. A prisão aconteceu na cidade de Chalé, em Minas Gerais, encerrando a busca pelo último suspeito do crime ocorrido em março do ano passado na Serra.
O delegado Rodrigo Sandi Mori, da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, explicou a operação: “Com o apoio da polícia mineira, conseguimos localizá-lo e efetuar a prisão. Agora, todos os envolvidos estão à disposição da Justiça.”
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Relembre o caso
No dia 10 de março de 2023, o taxista José Erculano Marques foi encontrado morto no porta-malas de seu táxi, abandonado próximo a uma ferrovia no bairro Jacuhy, na Serra. Ele havia saído para trabalhar na manhã do dia anterior, e, segundo a investigação, transportou três pessoas: dois homens e uma mulher.
“O táxi dele era o quarto da fila no ponto, mas os suspeitos se dirigiram diretamente a ele, o que indica que um dos envolvidos já conhecia a vítima”, afirmou Mori.
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A ausência do taxista para as refeições chamou a atenção de seu filho, que registrou um boletim de ocorrência. A partir disso, a polícia iniciou as buscas e, após 24 horas, encontrou o táxi abandonado próximo a uma linha férrea no bairro Jacuhy, com a vítima sem vida no porta-malas.
As investigações revelaram que o taxista foi rendido e roubado, sendo mantido no porta-malas por cerca de 20 horas sob altas temperaturas. Os laudos apontaram que a vítima sofreu um infarto agudo do miocárdio devido ao calor extremo. “A temperatura chegou a 50ºC dentro do porta-malas, enquanto o ambiente externo registrava 30ºC”, relatou o perito Carlos Augusto Chamoun, da Polícia Científica do Espírito Santo.
Identificação e prisão dos envolvidos
A motivação do crime estaria relacionada ao hábito do taxista de carregar dinheiro no bolso da camisa e receber pagamentos em espécie, despertando a atenção dos criminosos. As imagens dos suspeitos foram divulgadas, e denúncias anônimas feitas pelo Disque-Denúncia 181 facilitaram a localização dos envolvidos.
“No dia 19 de julho, prendemos a mulher envolvida em uma praça no bairro Nova Brasília, em Cariacica. No dia 30 do mesmo mês, capturamos o filho dela na mesma região. Ele tentou fugir, mas a equipe o cercou e efetuou a prisão. Ambos confessaram o crime com detalhes”, explicou Mori.
O delegado informou que a mulher conheceu o taxista durante uma corrida meses antes e notou que ele sempre carregava dinheiro. No dia do crime, ela reuniu o filho e outro homem para executar o assalto. Armados, saíram do bairro Nova Brasília e abordaram a vítima, que aceitou a corrida. A mulher sentou-se no banco da frente, enquanto os dois homens ocuparam o banco traseiro. Durante o percurso, um dos homens anunciou o assalto, e o grupo roubou cerca de R$ 500.
Após o roubo, a vítima foi colocada no porta-malas e o grupo furou o pneu do carro para dificultar qualquer tentativa de fuga. “Embora o objetivo inicial fosse apenas o roubo, ao trancarem o taxista no porta-malas, assumiram o risco de provocar sua morte”, destacou Rodigo Sandi Mori.
Ainda conforme o delegado Rodrigo Sandi Mori, a mulher já havia sido indiciada por homicídio em 2003, mas foi absolvida no tribunal do júri. Agora, responde junto aos demais acusados pelo latrocínio do taxista.