A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, prendeu quatro homens apontados como autores do homicídio que vitimou Adriano Pereira Lopes. O crime ocorreu no dia 23 de junho de 2023, dentro de uma lava jato no bairro Jardim Limoeiro, no município da Serra. Durante a investigação, outras seis pessoas foram presas investigadas pelo envolvimento com o tráfico de drogas. As prisões foram efetuadas na Serra.
Investigações da Polícia Civil
Durante coletiva, o delegado titular da DHPP Serra, Rodrigo Sandi Mori, narrou que a motivação do crime estaria relacionada ao tráfico de drogas do bairro Central Carapina, na Serra. A vítima tinha envolvimento com o tráfico de drogas, porém havia se afastado do crime no ano de 2017, após ocorrer um desentendimento entre ela e suspeitos de cometerem o crime por disputa de pontos de drogas.
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“Após a discussão, a vítima foi expulsa do bairro, sendo ameaçada de morte. Um dos suspeitos chegou a oferecer R$ 3 mil para quem entregasse a localização da vítima”, informou o chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa da Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori.
Olheiro da morte
No dia do crime, o sobrinho de um dos suspeitos do crime, um adolescente, que também tinha envolvimento com o tráfico de drogas e trabalhava no lava jato, teria informado aos investigados que a vítima estava no local lavando o veículo. Após a informação, os quatro suspeitos saíram do bairro Central Carapina em duas motocicletas e se dirigiram ao lava jato.
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O delegado Rodrigo Sandi Mori relatou como foi a dinâmica do crime. “Já em frente ao local, Diego desceu da moto vestindo uma jaqueta camuflada e Hudson desceu da outra moto vestindo um uniforme azul de empresa. Hudson rendeu dois funcionários do estabelecimento, enquanto isso, Diego foi em direção à vítima, disparando os primeiros tiros. Em seguida, Hudson também foi em direção à vítima disparando mais tiros”, explicou o delegado.
Ao todo, a vítima foi atingida por 14 disparos, sendo três na cabeça. Após o crime, os suspeitos voltaram ao bairro Central Carapina.
Prisões dos suspeitos
No dia 03 de julho de 2023, foi preso o primeiro suspeito, que vestia uma jaqueta camuflada, no bairro Central Carapina. Em seguida, no dia 31 de outubro de 2023, outros dois indivíduos foram presos no mesmo bairro.
Ainda no dia 31, o homem que vestia o uniforme azul foi preso no bairro Porto Canoa, na Serra. Por meio de diligências, foi possível averiguar que o suspeito do uniforme azul era o responsável por comandar o tráfico de drogas da região de Central Carapina e já tinha passagem pela polícia pelo crime de homicídio.
Também no dia 31 foi dado cumprimento a dois mandados de busca e apreensão, sendo apreendido o uniforme azul e a jaqueta camuflada, utilizados no dia do crime. Os quatro réus irão responder pelos crimes de homicídio qualificado, associação criminosa e corrupção de menores. O adolescente, sobrinho de um dos investigados, irá responder por ato infracional análogo ao crime de homicídio e associação criminosa.
No decorrer da investigação, também foram realizadas operações no bairro Central Carapina, com o intuito de retirar de circulação armas de fogo e efetuar prisões de suspeitos envolvidos com o tráfico de drogas. Durante a operação, outras seis pessoas foram presas investigadas pelo envolvimento com o tráfico de drogas.
Também foram apreendidas sete armas de fogo, sendo três pistolas calibre 9mm, duas pistolas calibre 380 e dois revólveres calibre 38. “O responsável pelas pistolas calibre 380 já tinha passagem pela polícia pelo crime de tentativa de homicídio, ocorrido no dia 29 de junho de 2018. O mesmo irá responder pelo crime de tráfico de drogas e por porte ilegal de arma de fogo”, informou o delegado Rodrigo Sandi Mori.
Identidade dos acusados de cometer o homicídio
De acordo com o delegado Rodrigo Sandi Mori, um dos presos, identificado como Hudson Tiago da Silva, de 31 anos, apelidado de “Maestro”, era líder do tráfico de drogas na região da “Vala” em Central Carapina. O traficante é extremamente perigoso e conhecido por gostar de ostentar, realizando festas. Ele morava em um apartamento em Porto Canoa e só ia a Central Carapina quando os olheiros avisavam que não havia presença das forças de segurança no local.
Junto com Hudson, a Polícia Civil prendeu Samuel Rangel Moreira (“Zói”), Eduardo Luís de Almeida (“Nem Mizura”) e Diego Manhães de Jesus. Todos envolvidos com o tráfico, são conhecidos por ostentar armas de fogo em fotos e vídeos.
Além dos quatro sujeitos envolvidos na morte de Adriano Pereira Lopes, a Polícia Civil prendeu Gabriel de Souza Lacerda, acusado de participação em um duplo homicídio, que também fazia parte do mesmo grupo criminoso.
Jovem é executado enquanto trabalhava dentro de lava a jato em Jardim Limoeiro