Na manhã desta quinta-feira (26), a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, realizou coletiva de imprensa para apresentar a prisão de cinco pessoas envolvidas no duplo homicídio cruel, ocorrido no dia 30 de janeiro, no bairro Balneário de Carapebus, na Serra.
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O Delegado Rodrigo Sandi Mori revelou a dinâmica do crime
Na madrugada do dia do crime, as vítimas e os assassinos estavam em pagode no mesmo bairro, durante toda a noite, os assassinos André e Tainara ficaram fingindo serem amigos das vítimas, com abraços, brincadeiras, dançando ou pagando bebidas, sem levantar quaisquer suspeitas de que as vítimas seriam assassinadas naquela madrugada.
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Por volta das 4:30h, as vítimas saíram do bar, cada um em uma bicicleta, sendo seguidos pelos assassinos que estavam na caçamba de uma Fiat Strada, quando passavam pela rua Braúna, um dos autores identificado com o João Paulo, desembarcou do veículo, já atirando com uma pistola contra Asclepíades Junior, que tentou correr, porém foi atingido por sete tiros e caiu no chão.
Na sequência o João atirou duas vezes contra Laís, que foi atingida nas pernas e consequentemente caiu no chão, como a munição havia acabado e as vítimas ainda estavam vivas, os assassinos Marlon Henrique, João Paulo e Carlos André começaram a agredir as vítimas com chutes na cabeça.
As vítimas ainda estavam respirando, nesse momento o Carlos André jogou quatro vezes uma pedra na cabeça da Lais, que faleceu no local. Na sequência Marlon Henrique pegou a mesma pedra e jogou duas vezes na cabeça do Asclepíades, que também faleceu no local.
Motivação do crime
De acordo com o delegado, as vítimas tinham mandado de prisão em aberto por roubo no município de João Neiva. Dois dias antes do crime, Asclepíades havia sido abordado por policiais militares e entregou a localização de uma casa utilizada por um casal de traficantes do bairro.
Os traficantes acabaram descobrindo que Asclepíades havia aberto o bico, sendo assim realizaram uma reunião tipo um julgamento do tráfico, onde o gerente do tráfico da época na região identificado como Floriano vulgo Netão, decretou a morte do Asclepíades. A Lais morreu por queima de arquivo, caso ela sobrevivesse poderia revelar a autoria do crime à polícia.
Investigações e prisões dos autores do duplo homicídio
Durante as investigações, os investigadores da Delegacia de Homicídios da Serra, conseguiram identificar os seis envolvidos na morte do casal, em seguida representando pela prisão dos seis autores do duplo homicídio, cinco deles sendo presos entre os meses de março e maio, uma mulher e quatro homens acusados de serem autores de um duplo homicídio.
No dia 30 de março, durante uma operação conjunta da DHPP Serra e da Polícia Militar, realizaram a prisão de Carlos André Costa Pimenta, V. “Satangozo”, 20 anos, no município de Pedro Canário, no norte do estado.
No dia 14 de abril, durante operação da DHPP Serra, foram presos os autores Paulo Américo dos Santos, 18 anos e Taynara Faria de Souza, V. “Diaba”, 24 anos, ambos no bairro Balneário de Carapebus.
No dia 18 de abril, durante operação da DHPP Serra, foi preso o mandante Floriano dos Santos Silva Neto, vulgo “Netão”, 22 anos, no bairro Balneário de Carapebus.
No dia 9 de maio, também durante operação da DHPP Serra, foi preso Carlos Henrique de Souza de Jesus, vulgo. “PÉLA”, 23 anos, no bairro Balneário de Carapebus.
Dos seis envolvidos no duplo homicídio, cinco foram presos, restando apenas um dos envolvidos no crime, que continua foragido. A Delegacia de Homicídios da Serra conta com a colaboração da população para localizar Marlon Henrique. Caso tenha qualquer informação sobre o paradeiro de Marlon Henrique Gonçalves, de 32 anos, ligue para 181 ou envie mensagens pela página oficial da DHPP Serra no facebook.
“A prisão dessas pessoas, significa a desarticulação de um dos grupos criminosos mais violentos que atuavam no município da Serra, responsáveis por tiroteios, ataques, tráfico de drogas e homicídios, na região de Balneário de Carapebus.”
Delegado Rodrigo Sandi Mori
Todos os seis acusados do crime, foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado, por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima, além do crime de associação criminosa, sendo réus na ação penal na 3ª Vara Criminal do júri da Serra.
Bônus: Símbolo da violência e criminalidade marcado no próprio corpo, Carlos André Costa Pimenta, possui tatuagens de fuzil no rosto. Enquanto Taynara Faria de Souza possui tatoo de fuzil no braço esquerdo e outra de um revólver, com dizeres ameaçando rivais. “Deus cuida da minha família e dos meus amigos. Dos meus inimigos cuido eu.”
