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Especial SN: veja como está sendo usado o “Fundão Eleitoral” pelos candidatos com base na Serra

Eleições 2022: além dos tremendos gastos de campanha bancados com o dinheiro do contribuinte, tem candidato levantando suspeitas de superfaturamento em suas contratações

A redação do Jornal Serra Noticiário vem se dedicando nos últimos dias na análise aprofundada das declarações parciais de alguns candidatos à vaga de Deputado Federal do Espírito Santo, mais especificamente dos principais candidatos que possuem domicílio e base eleitoral na cidade de Serra, pelo site oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais.

As contas analisadas pela reportagem especial foram dos candidatos; Dudu Lima (PTB), Gilvado Vieira (PSB), Jamir Malini (PSC), Raphaela Moraes (REDE), Rodrigo Caldeira (PSDB), Sueli Vidigal (PDT) e Thiago Carreiro (UNIÃO).

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Foram analisadas as receitas/despesas desses 7 candidatos que somados receberam mais de 6 milhões e 354 mil reais de dinheiro público, já declararam gastos acima dos 4 milhões e 649 mil reais. Quem são os maiores torradores do dinheiro público e como estão torrando a grana do contribuinte? Confira nesta matéria especial do Jornal Serra Noticiário nas eleições de 2022.

Eleição é uma época recheada de promessas, propostas e novas ideias para melhorar a vida do cidadão. Além disso, outra coisa comum em épocas de eleição, são os artefatos de campanha como jingles em carros de som, propagandas, cartazes, militantes, santinhos, etc.

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Mas, você já se perguntou de onde vem o dinheiro para financiar todas essas campanhas?

De onde vem o dinheiro para financiar campanhas políticas?

Obviamente, o dinheiro só pode ter duas fontes básicas, pública ou privada. Se for privada, o candidato custeia os gastos de campanha do próprio bolso, ou de doações privadas por meio de eleitores. Porém, todo esse dinheiro precisa ser declarado junto ao TSE, caso contrário, é considerado o famoso crime de caixa 2.

Se o dinheiro vier dos cofres públicos, se trata do fundo eleitoral. Dinheiro de impostos destinados aos partidos para financiar a campanha de seus políticos. A ideia principal do fundo eleitoral é possibilitar que pessoas comuns tenham condições de entrar na política. No entanto, o dinheiro precisa ser bem gasto, e a população precisa estar a par de como esses candidatos estão usando essa verba em campanha.

Pensando nisso, a reportagem especial do Serra Noticiário, decidiu acessar o site oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para analisar a prestação de contas dos candidatos a deputado federal com base eleitoral reconhecidamente na cidade de Serra. Lembrando que essa matéria não tem a intenção de criticar nenhum candidato, apenas de expor à população os números de gastos que são públicos e estão disponíveis no site Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais

TOP 7: gastos declarados pelas campanhas dos candidatos Serranos

TOP#1 Thiago Carreiro (União Brasil)

TOP#1 Thiago Carreiro (União Brasil)

Valor recebido: R$ 1 milhão e 585 mil
Valor gasto: R$ 1 milhão e 694 mil
Percentual gasto: 106.87%

O candidato a deputado federal Thiago Carreiro possui um discurso em que se autointitula como sendo da nova política, mas na realidade se encontra no topo do ranking, quando o assunto é torrar o dinheiro dos contribuintes. Além de figurar no topo da lista, possui diversos gastos declarados muito acima dos valores praticados pelo mercado, levantando suspeitas de superfaturamento.

O candidato da nova política parece apreciar as velhas práticas de militância. Isso porque destinou R$ 412.900,00 para a atividade de militância e mobilização de rua. Além disso, o candidato a deputado federal parece um pouco ansioso para saber o resultado das urnas e por isso destinou R$ 216.500,00 para pesquisas e testes eleitorais. Sendo até o momento, o único candidato da lista a financiar pesquisas eleitorais.

Os vídeos de campanha também foram uma das muitas estratégias de campanha utilizadas pelo candidato e financiadas com dinheiro público. Foram R$ 150.00,00 destinados para a empresa Interativa Filmes, para a produção audiovisual da campanha de Thiago Carreiro.

Além de todos os gastos citados acima, suas coordenadoras de campanha cada uma recebe R$ 60 mil reais, enquanto a mesma função em outras campanhas recebe em média 5 mil reais ao mês. Por exemplo, os coordenadores da campanha com maior orçamento do estado, a do governador à reeleição Renato Casagrande (PSB), recebem em média apenas 5,3 mil reais.

A reportagem fez contato com o candidato para que pudesse apresentar suas justificativas em relação aos gastos declarados, mas até o momento, não obteve respostas.

Leia também: “Oportunidade” Candidato Thiago Carreiro contrata funcionários em sua campanha com salários de R$ 60 mil reais

TOP#2 Sueli Vidigal (PDT)

TOP#2 Sueli Vidigal (PDT)

Valor recebido: R$ 1 milhão e 200 mil
Valor gasto: R$ 1 milhão e 094 mil
Percentual gasto: 91.16%

A candidata à câmara dos deputados em Brasília, Sueli Vidigal, tenta voltar ao congresso federal com promessa de formar novamente tabelinha com o marido prefeito, em busca de seu objetivo político, a campanha da não poupou o dinheiro do contribuinte e colocou a primeira dama da Serra no segundo lugar do ranking.

Mesmo gastando quase todo o valor recebido pela direção nacional do partido, a ex-parlamentar ao menos respeita os valores praticados pelo mercado, consequentemente conseguiu contratar muitas pessoas para participar ativamente de sua campanha eleitoral, pelo valor ao todo de R$ 355.629,00.

A candidata optou por práticas mais tradicionais de campanha, como mobilizações e materiais impressos como santinhos e adesivos, sem gastos excessivos com agências de audiovisual. Assim, a agência Bumerangue recebeu R$ 85.000,00 para a produção de peças de marketing e publicidade.

A reportagem fez contato com a candidata para que pudesse apresentar suas justificativas em relação aos gastos declarados, mas até o momento, não obteve respostas.

TOP#3 Rodrigo Caldeira (PSDB)

TOP#3 Rodrigo Caldeira (PSDB)

Valor recebido: R$ 940 mil
Valor gasto: R$ 804 mil
Percentual gasto: 85.53%

O candidato a Deputado Federal Rodrigo Caldeira, após vencer três vezes consecutivas para a mandado de vereador da Serra, agora busca novos horizonte em um voo mais alto e ousado, mas a campanha do presidente da Câmara da Serra vem queimando a grana dos contribuintes como fosse querosene de avião para alimentar as turbinas de seu voo com destino à Brasília.

Assim como os demais candidatos, Rodrigo Caldeira investiu pesado em conteúdo publicitário. Foram R$ 240.000,00 destinados à empresa Stella IV para a produção de conteúdo de marketing da campanha do candidato.

Outros R$ 63.250 foram destinados para a produção de material gráfico. A aparentemente, a campanha foi bem animada, visto que foram R$ 43.000,00 gastos com locação de trio elétrico.

Porém, uma coisa que não podemos alegar, é que os colaboradores do candidato não comeram bem. Apenas um restaurante recebeu R$ 7.973,00 da campanha de Rodrigo Caldeira.

A reportagem fez contato com o candidato para que pudesse apresentar suas justificativas em relação aos gastos declarados, mas até o momento, não obteve respostas.

TOP#4 Raphaela Moraes (REDE)

TOP#4 Raphaela Moraes (REDE)

Valor recebido: R$ 647 mil
Valor gasto: R$ 448 mil
Percentual gasto: 69.24%

A candidata, que já ocupa o cargo de vereadora na Serra, atua na pauta de proteção aos animais. Em um post de seu perfil oficial no Instagram, a candidata a deputada federal exibe com orgulho o fato de ter aberto mão do uso de carros, passagens aéreas e combustíveis financiados com verba pública municipal.

No entanto, se por um lado a candidata se preocupa em economizar verba de carros, passagens aéreas e diárias de hotel na função de vereadora, na função de candidata ela investe pesado em marketing de campanha.

Embora a candidata não tenha utilizado cifras astronômicas com militância e despesas pessoais, de todo o valor gasto na campanha, R$ 360.000,00 foram gastos com apenas uma agência, chamada Cluster Comunicação e Marketing LTDA, com sede em Vitória.

Na descrição da despesa, a empresa aparece como prestadora de serviços de marketing. Esse não foi o único gasto com marketing por parte da candidata. A candidata contratou publicidade por carro de som, prestados por uma pessoa física, no valor de R$ 26.125,00. Além disso, outros R$ 7.830,00 foram gastos com impulsionamentos de campanha no Facebook.

Embora os outros gastos da candidata atendam a margem de mercado, o contrato realizado com a empresa Cluster Comunicação e Marketing, aparentemente foge dos padrões.

A reportagem fez contato com a candidata para que pudesse apresentar suas justificativas em relação aos gastos declarados, mas até o momento, não obteve respostas.

TOP#5 Jamir Malini (PSC)

TOP#5 Jamir Malini (PSC)

Valor recebido: R$ 500 mil
Valor gasto: R$ 352 mil
Percentual gasto: 70,4%

Outro candidato que possui carreira consolidada como político da Serra, onde já ocupou os cargos de vereador e deputado estadual pelo Espírito Santo. Candidato pelo Partido Social Cristão, teve bastantes recursos cedidos pelo partido.

Em sua campanha, a verba foi destinada principalmente para a produção de material gráfico junto à empresa Corpel Gráfica, pelo valor de R$ 138.250,00. O candidato também destinou R$ 65.000,00 para consultoria jurídica.

A sua coordenadora de campanha também esteve acima dos preços praticados no mercado, no valor de R$ 15.000,00, quase o triplo do que recebeu a coordenação de campanha do candidato a governador do estado, Renato Casagrande.

Em 2012 Jamir Malini disputou a reeleição a vereador com uma evolução de patrimonial na época de 1500%, durante seu mandato 2008 e 2012.
*Os anos foram corrigidos.

A reportagem fez contato com o candidato para que pudesse apresentar suas justificativas em relação aos gastos declarados:

Candidato a deputado federal Jamir Malini disse que sua “declaração total dos gastos está em conformidade com a lei e declarados perante ao TRE”.

TOP#6 Givaldo Vieira da Silva (PSB)

TOP#6 Givaldo Vieira da Silva (PSB)

Valor recebido: R$ 1 milhão e 85 mil
Valor gasto: R$ 186 mil
Percentual gasto: 17.14%

O candidato que já possui uma carreira consolidada na Serra, onde já ocupou os cargos de vice-governador, deputado Federal e vereador, agora tenta mais uma vez uma vaga no congresso nacional.

Para isso, o partido liberou uma verba considerável para o candidato, que preferiu utilizar um pouco mais de 10% desse valor.

Os gastos do candidato se limitaram a empresas de gráficas para a impressão de materiais de campanha como adesivos e santinhos junto à Gráfica Santo Antônio LTDA, por um valor de R$ 75.442,00. Na sequência, o candidato utilizou R$ 40.000,00 para financiar honorários de advocacia.

A reportagem fez contato com o candidato para que pudesse apresentar suas justificativas em relação aos gastos declarados, mas até o momento, não obteve respostas.

TOP#7 Dudu Lima (PTB)

TOP#7 Dudu Lima (PTB)

Valor recebido: R$ 150 mil
Valor gasto: R$ 66 mil
Percentual gasto: 44%

Possui histórico como candidato e assessor político, possui viés conservador. Portanto, atualmente se diz fechado com a vertente do atual presidente e candidato à reeleição, Jair Messias Bolsonaro.

Em seus gastos principais, o candidato destinou R$20.000,00 para a uma empresa responsável por produzi vídeos e roteiros de campanha, além de R$ 10.000,00 para a locação de um imóvel para o comitê de campanha.

Nessa eleição está comprovado que a profissão do momento é a de coordenação de campanha. O candidato destinou R$ 10.000,00 para o pagamento da sua coordenadora de campanha, quase o dobro do que foi pago na campanha para o governo do estado.

A reportagem fez contato com o candidato para que pudesse apresentar suas justificativas em relação aos gastos declarados, mas até o momento, não obteve respostas.

Editorial do Serra Noticiário

Embora todos os gastos citados acima sejam declarados parcialmente no Tribunal Superior Eleitoral e, portanto, não configuram nenhum tipo de crime. É necessário que os eleitores acompanhem como o seu dinheiro está sendo utilizado nessas campanhas.

Vivemos em um país onde mais de 30 milhões de pessoas passam fome, e essas mesmas pessoas estão financiado campanhas políticas para candidatos dizerem como eles pretendem resolver os problemas dessa população.

Dia 2 de outubro a eleição se encerra para todos esses candidatos e daqui dois anos, teremos outras eleições municipais mais uma vez financiadas com dinheiro público. De ciclo em ciclo as eleições retornam, e com elas as promessas de campanha e os mesmos políticos. Mas algo que nunca retorna são os rios de dinheiro gastos do bolso do contribuinte.

Reportagem especial produzida pelos repórteres John Thomsen e Thiago Silva.

*Foi contabilizado apenas os valores referentes ao fundo eleitoral repassados pelos partidos.

**A campanha do Thiago Carreiro conseguiu atingir valor acima de 100% porque declarou gastos acima do valor recebido pelo fundo eleitoral. 

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