O menino precisa realizar um transplante de medula óssea. No entanto, faz necessário uso de medicamento importado avaliado em R$ 200 mil
Uma família do bairro Cidade Pomar, na Serra, corre contra o tempo para arrecadar, o quanto antes, R$ 200 mil, destinados a um medicamento que será usado para tratamento do pequeno Gustavo Alves, 11 anos, após um transplante de medula óssea. Diagnosticado com um tumor cerebral em agosto de 2019, o menino, desde então, luta contra a doença que já chegou a tomar 99% do seu corpo.
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Atualmente, Gustavo e a família moram em São Paulo (SP). Na capital paulista, em janeiro de 2021, a criança precisou passar por um procedimento para colocar uma válvula na cabeça, como forma de reduzir os impactos do tumor, que naquela altura também já havia tomado a região da coluna. Entretanto, até chegar ali, a família de Gustavo, em território capixaba, ouviu dos médicos que não havia mais nada a fazer.
“Em 28 de dezembro de 2020 eu fui visitar ele em um hospital de Vila Velha. Ele estava delirando de dor e os médicos falavam que não sabiam o que fazer, porque já havia dado medicação e não passava. E eles deixaram claro: ponto final. Porque ele estava só na morfina e no soro, o que não estava dando conta. Estavam pensando em deixar ele com a gente para ele ir para papai do céu”.
disse o pai de Gustavo, Uanderson Santos, de 37 anos.
Dos diagnósticos a sequelas
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Antes da descoberta do tumor, Gustavo era uma criança ativa, que entre tantas atividades, amava jogar futebol. Em meados de maio de 2019 o pequeno começou a apresentar, inicialmente, dores de cabeça, o que, próximo ao diagnóstico da doença, em agosto do mesmo ano, foi se agravando, fazendo, inclusive, com que Gustavo começasse a vomitar bastante.
Em dois meses, a criança chegou a ir sete vezes para o hospital, sendo o diagnóstico só descoberto na última consulta, onde foi realizada uma tomografia. Ali, a mãe de Gustavo, Liliane Alves dos Santos, 40 anos, até então técnica de enfermagem no Hospital Santa Rita, em Vitória, referência em tratamento de câncer, entrou em desespero, tendo em vista a realidade diária no cuidado de pacientes com a doença a qual o filho porventura tinha.
De imediato, Gustavo foi internado, tendo passado dez dias em observação. Em seguida, o pequeno fez a cirurgia de retirada do tumor.
Ao todo foram 12 horas, mas esse tempo era apenas parte do que vinha pela frente, tendo em vista as 30 sessões de radioterapia, de outubro de 2019 à julho de 2020, mês em que os oncologistas responsáveis pelo menino encerraram o tratamento, deixando Gustavo em observação, tendo que retornar de dois em dois meses para consultas periódicas.
“O Gustavo teve muitas sequelas. Ele ficou sem andar, falar… Ele sofreu muito com tudo isso, ele emagreceu muito, muita queda de cabelo. Mexeu com a coordenação motora do lado esquerdo dele. Hoje ele não anda 100% devido a quimio e a medicação forte. Ele faz fisioterapia, mas não consegue fazer nada sozinho”.
explicou o pai.
Um mês após finalizar o tratamento, Gustavo começou a sentir dores nas costas, fazendo com que ele retornasse ao médico antes mesmo de dois meses. Em dezembro de 2020 as dores aumentaram ainda mais, o impossibilitando de andar. A preocupação aumentou mais quando o pequeno voltou a vomitar.
“Quando eu cheguei no médico após o Gustavo fazer uma ressonância] eles me falaram que a doença voltou, só que para uma área da coluna. Passaram uma medicação para ele e pediram para ficarmos em casa [porque era período de pandemia]. Só que nada resolvia. No dia 26 de dezembro o Gustavo foi internado na UTI”.
contou Uanderson, pai de Gustavo.
A ida para São Paulo e a esperança da cura
O agravamento da doença de Gustavo fez com que a família do menino embarcasse de última hora e com esperança para São Paulo, no final daquele ano, em busca de uma última saída. “Ele estava entrando em coma profundo, e não conseguiram identificar isso no Espírito Santo. Me deram a notícia de uma cirurgia para pôr uma válvula na cabeça dele, para aliviar a pressão na cabeça e na coluna, mas ele poderia não suportar. Eles fizeram a cirurgia e eu assinei um papel me responsabilizando. Em janeiro de 2021 ele foi para o quarto e acordou bem, como se nada tivesse acontecido”.
Com o câncer tomando a coluna de Gustavo, novas sessões de quimioterapia foram iniciadas, o que permanece até hoje. Cinco meses depois, uma ressonância completa foi feita e a família recebeu a informação de que 70% da doença havia sumido, o que quatro meses mais a frente, totalizando nove, se tornaria 99%.”Isso aconteceu porque a medicação deu resultado. Até o médico ficou sem entender”, destacou Uanderson.
Agora, Gustavo precisa realizar um transplante de medula óssea. No entanto, para isso é preciso que o menino faça, em três etapas, o uso de um medicamento avaliado em R$ 200 mil, que seria importado dos Estados Unidos, o que, no momento, só ocorrerá se a vaquinha on-line realizada pela família consiga atingir a meta, já que o plano de saúde do pai de Gustavo não cobre o valor do medicamento.
“Só conseguimos o remédio se arrecadarmos o valor. Eu vendi minha casa na Serra, em Cidade Pomar. Estamos morando em São Paulo de aluguel e vendemos minha casa para ficarmos mais tempo aqui e fazer o transplante. Também vendi um carro que eu tinha para poder segurar o dinheiro e nos manter aqui. Eu também tenho uma outra filha de 3 anos e minha esposa não trabalha mais”.
disse o pai do menino.
Pedido de ajuda
Diante da situação, a família do menino luta contra o tempo a fim de arrecadar o valor de R$ 200 mil, a fim de comprar o medicamento do menino Gustavo, 11 anos, medicamento esse que será usado no tratamento, após o transplante de medula óssea.
Segue link da vaquinha compartilhado pela família do Gustavo