A Comissão de Saúde realizou uma reunião extraordinária nesta terça-feira (04) para sabatinar a gestão do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). O encontro, presidido pelo deputado Dr. Bruno Resende (União), contou com a presença de médicos, gestores de hospitais regionais e representantes da Secretaria de Estado da Saúde (SESA).
A proposta da reunião foi feita por Resende e gerou demandas de todos os lados. Os parlamentares cobraram melhorias no atendimento aos usuários, os gestores reivindicaram igualdade nos serviços prestados em cada região e os servidores e a SESA defenderam o SAMU e pediram mais participação dos municípios, além de uma maior divulgação do serviço, que realiza cerca de 120 mil atendimentos por ano desde a sua criação em 2005.
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O deputado Bruno Resende destacou a importância de oferecer o melhor atendimento possível desde o momento da ligação para o número 192 até a conclusão do socorro ou a entrega do paciente ao hospital.
“O que nós queremos é parametrizar o serviço em todo o estado do Espírito Santo. Por que o serviço prestado na Região Sul é diferente do que é recebido na Região Norte, por exemplo? Ou na Grande Vitória? Todos os pacientes são capixabas e todos devem ter atendimento igual e da melhor qualidade”
Bruno Resende
Deputado estadual
Diversos profissionais que administram unidades de saúde nas diferentes regiões do estado concordaram com o questionamento de Resende, afirmando que o trabalho não é igual para todos.
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O coordenador do Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim, Adriano Munhoes, sugeriu melhorias nos atendimentos, especialmente na qualificação da equipe que presta o serviço no sul do estado. “O processo de formar equipes lá no SAMU, lá no sul do estado, é absurdamente diferente daqui na Região Metropolitana… Aqui é interessante para o médico trabalhar no SAMU; ele é treinado e ele é cobrado por isso”, destacou.
Sobre o atendimento
O deputado Pablo Muribeca (Patri) pontuou a questão do tempo de espera e do atendimento inicial prestado aos usuários, criticando a forma como a sociedade é atendida quando solicita ajuda pelo telefone. Ele sugeriu investimentos na formação dos profissionais para garantir a melhoria do serviço.
O coordenador-geral do SAMU, Oliveira Alves de Lima, afirmou que o treinamento oferecido aos servidores é adequado e cobrou maior participação dos municípios para aprimorar o atendimento. Ele ressaltou a importância das bases de atendimento do SAMU, que precisam estar bem distribuídas pelo estado.
Oliveira também explicou como funciona a classificação de risco, que determina o tempo médio de atendimento. Ele destacou que os casos de menor gravidade costumam ter um tempo de espera mais longo, mas que já estão sendo realizados esforços para melhorar essa situação.
A coordenadora médica do Núcleo Especial de Regulação de Urgência e Emergência da SESA, Sara Soares, falou sobre a situação das bases de ambulâncias no estado. Ela destacou que não é uma tarefa simples estabelecer uma base, levando em consideração os critérios do Ministério da Saúde. Sara também ressaltou a importância da participação dos municípios na estrutura do SAMU, afirmando que é necessário um trabalho conjunto entre Estado, governo federal e municípios para garantir um serviço de qualidade.