No último domingo (03), a Polícia Militar do Espírito Santo (PMES) prendeu um jovem de 19 anos que assassinou o padrasto a pauladas no bairro Feu Rosa, no município de Serra. Segundo o jovem, ele cometeu o crime para vingar sua mãe, que era vítima de diversas agressões cometidas pelo padrasto.
De acordo com a equipe da Polícia Militar que atendeu a ocorrência, ao chegarem ao local, os militares encontraram a vítima, identificada como Vênus Lunar Raich, de 52 anos, já sem vida, caída no chão com lesões na cabeça. Em seguida, o enteado chegou ao local e admitiu ter usado um pedaço de madeira para desferir os golpes que resultaram na morte do padrasto.
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Conforme as imagens que circularam em grupos da DeepZap, o corpo da vítima foi encontrado no quintal da residência, com vários ferimentos na região da cabeça.
Boletim de ocorrência contra o padrasto
O jovem relatou que, na última quinta-feira, dia 31, acionou a polícia após presenciar uma agressão do padrasto contra sua mãe e procurou a Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência. No domingo, após cometer o crime, ele também teria ligado para o Centro Integrado Operacional de Defesa Social (CIODES) para se entregar.
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O jovem, identificado como Talys da Silva, foi conduzido à Delegacia Regional da Serra, onde foi entregue ao delegado de plantão. A Polícia Civil informou em nota que o jovem foi autuado em flagrante por homicídio qualificado e encaminhado ao Centro de Triagem de Viana (CTV). O corpo da vítima foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) para necropsia e posterior liberação para a família.
Violência contra mulher na Serra
Esse caso chama atenção para um problema crescente e alarmante: a violência contra a mulher na cidade da Serra. Em 2024, o município voltou a liderar estatísticas preocupantes nesse tipo de crime no Espírito Santo.
Segundo o Painel de Monitoramento da Violência Contra a Mulher, atualizado pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, de janeiro a setembro deste ano, foram registrados 2.029 casos de violência doméstica e 4 feminicídios.
Esses números revelam a urgência de políticas públicas e ações efetivas de proteção e apoio às vítimas, além de um trabalho de conscientização social para que mais mulheres possam romper o ciclo de violência e encontrar segurança e justiça.