Na última terça-feira (17), o ex-agente penitenciário Edmar Silva Rodrigues Júnior, conhecido como “Maníaco da Tesoura”, esperou em vão pela sua sessão de julgamento. Assim o julgamento do “Maníaco da Tesoura”, que já dura quase 13 anos com acusações de seis assassinatos, enfrentou outro adiamento, desta vez causado pela falta surpreendente de seus advogados.
A defesa do acusado, que deveria estar presente no Fórum de Serra-sede, não compareceu. O advogado Luciano Azevedo Silva, um dos responsáveis pela defesa, justificou sua ausência alegando problemas de saúde. Entretanto, a juíza responsável, Elaine Cristine de Carvalho Miranda, relatou que, ao contatar o advogado, percebeu que ele parecia desconhecer a data do julgamento, o que gerou dúvidas sobre a real causa de sua ausência.
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Então, após 30 minutos de espera, e sem outros advogados de defesa presentes, a juíza decidiu suspender a sessão. A falta da defesa prejudicou o andamento do caso, deixando o réu e todos os presentes sem uma nova data para a continuação do julgamento.
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Perfil do “Maníaco da Tesoura”
Em dezembro de 2010, a polícia capturou Edmar Silva Rodrigues Júnior, o ex-agente penitenciário que ficou conhecido como “Maníaco da Tesoura”. Durante interrogatório, Edmar admitiu ser o autor de seis assassinatos e uma tentativa de homicídio, justificando seus atos como uma luta contra o tráfico de drogas e a prostituição.
Edmar revelou à Polícia Civil que usava utensílios como facas e tesouras, além de vestir camisas da SWAT e acessórios da Secretaria de Estado da Justiça (SEJUS), como bonés e boinas, para cometer os crimes. Ele se passava por policial ao abordar suas vítimas, que eram predominantemente usuárias de drogas, confirmado posteriormente por exames.
Na época, o sujeito alegou que seu objetivo era libertar as mulheres do mundo das drogas. Ele até chegou a guardar peças íntimas da última vítima como troféu. A polícia, ajudada por moradores locais e uma vítima sobrevivente, localizou Edmar através da identificação de um carro no bairro Jardim Limoeiro, na Serra.
Agora, então a expectativa concentra-se na marcação de uma nova data para o julgamento. Assim todos aguardam, inclusive, a decisão da juíza sobre as possíveis penalidades que o advogado ausente poderá enfrentar, incluindo a possibilidade de uma multa pela falta não justificada.