Segundo comunicado do Ministério da Saúde, divulgado na última quarta-feira (24), o Brasil está investigando quatro casos suspeitos de gripe aviária em humanos, todos residentes no Espírito Santo. Até o momento, contudo, não há confirmação de infecções humanas pelo vírus influenza H5N1 no país.
A suspeita surge após 38 exames realizados em pessoas do Espírito Santo e do Rio de Janeiro, que tiveram contato com aves doentes, resultarem negativos para o vírus.
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Os quatro casos suspeitos em análise são de pessoas residentes no Espírito Santo, onde 33 amostras de funcionários do Parque Fazendinha, local onde uma das aves infectadas foi encontrada, e uma amostra de uma servidora do Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (IPRAM) também testaram negativo para o vírus. No Rio de Janeiro, todos os quatro exames realizados resultaram negativos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) ressalta que a transmissão do vírus da gripe aviária ocorre por meio do contato com aves doentes, vivas ou mortas, e que o vírus não infecta humanos facilmente. Além disso, quando a infecção em humanos ocorre, a transmissão de pessoa para pessoa não é comum.
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Diante do surgimento dos casos em aves, o Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, declarou na última segunda-feira (22), estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional. A medida, válida por 180 dias, visa evitar que o contágio afete a produção de aves de subsistência e comercial, além de preservar a fauna e a saúde humana.
A declaração de emergência permite a mobilização de recursos da União e a articulação com outros ministérios, organizações governamentais e não governamentais, em todos os níveis – federal, estadual e municipal.
Segundo o Ministério da Saúde, quando o Ministério da Agricultura é notificado sobre um caso provável da doença em aves, são iniciadas ações de vigilância epidemiológica na região. Os Centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) atuam na busca ativa para identificação e monitoramento das pessoas que tiveram contato com as aves, para garantir que elas sejam testadas, monitoradas e isoladas, em caso de desenvolverem sintomas gripais. As amostras coletadas são analisadas pelo Laboratório Centrais de Saúde Pública (LACENs) e depois enviadas para confirmação do resultado pelos laboratórios de referência e na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).