Tatiane Maia teve a perna esquerda esmagada por um ônibus na área de entrada e saída de veículos do terminal de Carapina
A cozinheira atropelada na saída do Terminal de Carapina, na Serra, recebeu alta. Agora, após ter uma das pernas amputada, ela está se adaptando a uma nova realidade.
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Tatiane Maia tem 45 anos, é cozinheira e mãe de três filhos. No último dia 10, ela havia marcado de buscar a caçula no Terminal de Carapina. A poucos metros para se encontrar com a menina, ela foi atropelada por um ônibus do Transcol.
A vítima contou a reportagem da TV Vitória, que passou o dia na casa da mãe e quando foi atravessar na entrada do terminal, sentiu o ônibus bater na testa. Quando ela percebeu, já estava cercada por uma multidão. Foi quando ela gritou por socorro e pediu para sobreviver.
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Segundo Tatiane, desde aquele momento, enquanto sentia uma dor insuportável, já sabia que estava sem uma das pernas. Ela contou ainda que quando a filha viu a cena, ficou desesperada.
Após passar por uma cirurgia de amputação da perna esquerda no Hospital de Urgência e Emergência São Lucas, em Vitória, ela recebeu alta e agradeceu a equipe e médicos.
Com um filho deficiente físico, a mulher acredita que a história dele vai ser a inspiração para superar um novo desafio.
Depois da travessia que mudou a história de Tatiane, ela ainda vive a omissão da empresa responsável pelo veículo. De acordo com ela, um representante entrou em contato oferecendo uma reunião apenas uma semana depois do acidente.
Para ela, ainda é difícil apontar culpados. Ela diz que o local não tem sinalização, que olhou antes de atravessar, mas o veículo veio de surpresa. “Quem vai querer entrar debaixo de um ônibus?”, questionou.
A mulher alegre, de sorriso largo e fácil, de vida agitada e cercada de amigos, tem uma palavra de ordem nos últimos dias: adaptação. A cirurgia de amputação foi direcionada a uma futura prótese que Tatiane agora sonha em conseguir.
Em nota, a empresa responsável pelo coletivo afirma que lamenta o ocorrido e informou que já contactou a família da vítima, destacando que uma seguradora da empresa dará seguimento ao caso.
Sobre a investigação, a Polícia Civil orientou a cozinheira ou um representante, ir à delegacia do bairro onde ela mora ou à Delegacia de Delitos de Trânsito para registrar a ocorrência, já que em caso de acidentes sem vítimas fatais ou detidos em flagrante, a legislação exige a manifestação da vítima para dar início a uma ação penal.
Fonte: Folha Vitória