Na manhã desta quarta-feira (31), a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), através dos 10º e 13º Distritos Policiais da Serra, com apoio da 3ª Delegacia Regional e do 12º Distrito Policial da Serra, deflagrou mais uma fase da Operação Asfixia. Durante a ação, os policiais apreenderam joias, dinheiro, drogas, simulacros de armas de fogo e munições de diversos calibres.
A operação tem como objetivo combater e reprimir o tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, furto e roubo de aparelhos celulares, além da receptação na região da Grande Carapina, na cidade da Serra. Nesta fase, a ação visou um grupo criminoso atuante no bairro Carapina Grande, com ramificações nos bairros vizinhos.
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Conforme o delegado Josafá da Silva, titular dos 10º, 12º e 13º Distritos Policiais da Serra, o grupo é liderado por Felipe Almeida Santos, conhecido como “Felipe Carroça” ou “Felipe Carroceiro”. O suspeito foi detido em uma ação da Divisão de Homicídios da Serra, divulgada em coletiva de imprensa no dia 2 de julho. Ele é acusado de homicídio no bairro Carapina Grande.
“O grupo tem diversos integrantes, cada um com funções específicas, incluindo venda de drogas, segurança armada, empréstimo de dinheiro, utilização de “laranjas” para lavagem de dinheiro, desbloqueio de celulares roubados e receptação de produtos furtados. Apesar de “Felipe Carroça” já estar preso por homicídio, foram cumpridos mandados de busca em seus endereços, resultando na apreensão de R$ 6 mil em dinheiro e joias, incluindo um relógio, pulseira e anéis, todos aparentemente pertencentes a ele”, afirmou o delegado Josafá da Silva.
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Traficantes agiam como agiotas na região
A Polícia Civil também divulgou áudios que revelam como o grupo do traficante Felipe Carroça operava. De acordo com os áudios, Felipe Carroceiro tinha um indivíduo que atuava como agiota e era responsável pelo controle do dinheiro do tráfico. Este indivíduo percorria os comércios da região oferecendo empréstimos aos proprietários, com juros de 40%.
Ao cobrar os empréstimos, o agiota informava aos comerciantes que o dinheiro pertencia aos traficantes da área e ameaçava aqueles que não pagassem. As ameaças incluíam agressões físicas e, em alguns casos, ele afirmava que, se o pagamento não fosse feito em dinheiro, seria pago com a vida.
Nos áudios, ainda é mencionado que o proprietário de uma farmácia da região havia pegado dinheiro emprestado com o agiota de Felipe Carroceiro e agora tentava efetuar o pagamento por medo de retaliação.
Apreensão de armas e drogas em um cemitério
Em outros alvos, os agentes apreenderam aparelhos celulares e, durante as diligências, uma denúncia levou a Polícia Civil para uma área de matagal próximo ao cemitério de Carapina, onde traficantes teriam descartado drogas e armas. No local, foram encontrados pacotes de maconha, crack, cocaína, simulacros de armas de fogo e munições de diversos calibres.
Vídeo YouTube SN:
Mais detalhes da operação
Em um dos alvos, os agentes encontraram um homem de 30 anos em posse de buchas de maconha, um celular e uma faca do tipo “peixeira”. “Ele alegou ser usuário de maconha e os itens foram apreendidos para investigação. Assinou um termo circunstanciado (TC) por porte de droga para uso e foi liberado após assumir o compromisso de comparecer em juízo. Em uma loja de assistência técnica de celulares, foi apreendido um aparelho que será objeto de averiguação detalhada. Nos demais alvos, os investigados não foram encontrados e nada de ilícito foi apreendido”, disse o delegado.
Sabe de algo?
A Polícia ainda destaca que a população tem um papel importante investigações e pode contribuir com informações de forma anônima através do Disque-Denúncia 181. Assim como também possui um site onde é possível anexar imagens e vídeos de ações criminosas, pelo link a seguir: disquedenuncia181.es.gov.br
O anonimato é garantido e todas as informações fornecidas são investigadas