Na última quinta-feira (02), a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (DECON), em conjunto com o Procon-ES e a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa (ALES) representadas pelo deputado estadual Vandinho Leite (PSDB), realizou a 3ª fase da Operação Consórcio Fake. Durante a ação, foram detidos três suspeitos; além disso, uma revenda, localizada no bairro de Fátima, na cidade da Serra, foi interditada.
A investigação teve início após uma das vítimas do golpe, Brunelle Celestino, denunciar ter sido enganada ao tentar comprar um carro através da Santa Clara Investimentos. Ela relatou que fez um pagamento inicial após ser convencida de que estava entrando em um financiamento. Contudo, foi alertada por outro cliente, que também teria sido enganado sobre o contrato fraudulento.
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A vítima, ao tentar resolver a situação diretamente na empresa, onde pediu que o valor de R$ 4 mil fosse devolvido, enfrentou agressões e ameaças por parte dos funcionários. De acordo com a vítima, os funcionários chegaram a usar contra ela uma arma de choque e teriam agredido sua avó, que a acompanhara até o local, com um chute. Logo após as agressões, a vítima procurou a Polícia Civil e denunciou o ocorrido.
Como funcionava o golpe
O delegado Eduardo Passamani detalhou que o golpe operava através de anúncios atrativos abaixo do mercado em plataformas online, atraindo vítimas com promessas de financiamento. Na realidade, os consumidores eram induzidos a assinar contratos que eram de consórcios, não financiamentos.
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Durante a operação, três funcionários da empresa foram presos, e vários itens, como uma arma de choque, documentos e um notebook, foram apreendidos. A investigação apontou que a empresa usava a prática regularmente para enganar consumidores, muitos dos quais terminavam sem receber os bens prometidos e com prejuízos financeiros consideráveis.
A operação é parte de uma série de ações que começaram em 2023, visando empresas que praticam fraudes semelhantes. Até o momento, a operação “Consórcio Fake” já resultou na interdição de seis empresas e na prisão de várias pessoas envolvidas em práticas fraudulentas.
A Polícia Civil e o Procon alertam os consumidores para serem cautelosos com ofertas de consórcios e financiamentos e verificar a idoneidade das empresas antes de efetuar qualquer pagamento.