Na última quinta-feira (25), a Polícia Federal (PF), realizou a operação denominado como “Revelado”, visando combater a propagação de informações falsas relacionadas às eleições. Os agentes executaram um mandado de busca em residência de um indivíduo que mora na cidade da Serra acusado de espalhar informações falsas durante as eleições de 2020.
De acordo com as poucas informações divulgadas pela PF, durante a campanha eleitoral do ano de 2020, o suspeito e outros envolvidos fixaram cartazes em locais públicos (postes) e utilizaram redes sociais para publicar conteúdo difamatório contra um candidato. Estas ações buscavam influenciar indevidamente o resultado das eleições, contrariando a expressão autêntica do voto popular.
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A Polícia Federal destacou que tais práticas são consideradas crimes de divulgação de fato inverídico e difamação eleitoral, enquadrados nos artigos 323 e 325 do Código Eleitoral. Os infratores estão sujeitos a penas que variam de dois meses a um ano de detenção, além de multas que podem chegar até 150 dias-multa.
De acordo com a Polícia Federal o nome “Operação Revelado” reflete a capacidade da Polícia Federal de identificar os autores por trás da desinformação, mesmo com o anonimato frequentemente empregado na internet. Dessa forma, essa ação reitera o compromisso da corporação em assegurar a normalidade e a legitimidade das eleições, prevenindo a manipulação de informações e garantindo que o resultado das urnas reflita verdadeiramente a vontade dos eleitores.
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A operação serve também como um aviso aos que pretendem utilizar-se de informações falsas ou fake news (notícias falsas) em futuros pleitos, reforçando que tais comportamentos serão rigorosamente investigados e penalizados.
Operação Revelado deixa classe política da Serra na curiosidade
Após a divulgação da operação da Polícia Federal na última quinta-feira na Serra, com poucas informações e sem identificar os envolvidos, surgiu grande curiosidade entre os grupos políticos, todos questionando quem teria sido o alvo da Polícia Federal por acusações de espalhar desinformação nas eleições municipais de 2020.
Conforme apurado pela reportagem do Serra Noticiário, os nomes de algumas pessoas começaram a circular nos bastidores como possíveis alvos da Operação Revelado. No entanto, até o momento, ninguém conseguiu confirmar quem foi o alvo e os acusados de participar na ação.
Como foi as eleições de 2020 na Serra? Com muita mentira!
Podemos apenas relembrar os eventos durante a eleição de 2020. No primeiro turno, em determinado dia, a cidade amanheceu repleta de panfletos contendo recortes de jornais capixabas com manchetes negativas sobre o então candidato a prefeito, Sérgio Vidigal, que acabou vencendo o pleito. Na época, a autoria dos panfletos foi atribuída pelo grupo de Vidigal à campanha do grupo do ex-prefeito Audifax Barcelos, que apoiava a candidatura de Fabio Duarte.
A campanha de Vidigal foi flagrada utilizando informações falsas. Inclusive, o candidato a vice-prefeito da chapa, Thiago Carreiro, foi apontado pelo grupo adversário como o principal divulgador de desinformação. Ele se tornou alvo de um processo na Justiça Eleitoral, que avançou até a Segunda Instância. Thiago Carreiro acabou sendo condenado a remover conteúdo difamatório contra Fábio Duarte. Número do processo: 0600072-44.2020.6.08.0053.
Após o segundo turno, uma reportagem de A Gazeta intitulada “Facebook remove perfis falsos usados para ‘bombar’ redes de candidatos do ES” revelou que, segundo o próprio Facebook, dois dos três políticos capixabas beneficiados pela atuação dessas contas foram eleitos prefeitos: Sérgio Vidigal (PDT), na Serra, e Euclério Sampaio (DEM), em Cariacica.