Na manhã da última quinta-feira (21), a Polícia Militar do Espírito Santo (PMES) deteve um sujeito de 47 anos por atos racistas e homofóbicos contra um técnico de enfermagem de 28 anos. O caso ocorreu no Pronto Atendimento Pediátrico do Hospital Materno Infantil, localizado no bairro Colina de Laranjeiras, na cidade da Serra.
De acordo com os militares que atenderam a ocorrência, a equipe foi até o local para averiguar um incidente sobre um indivíduo causando danos ao patrimônio público. Ao chegar, constataram que, na verdade, a ocorrência era um ataque contra um servidor público.
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Atos racistas e homofóbicos
A vítima relatou aos militares que o sujeito, que estava no local com sua filha, disse que ela não seria atendida por um funcionário “negro e viado”. Ele questionou por que, em um hospital com várias mulheres, justamente ele atenderia sua filha. Conforme o enfermeiro, o pai da criança afirmou que nunca deixaria um “viado” atendê-la.
O sujeito ainda tentou agredir fisicamente o técnico de enfermagem com uma braçadeira de coleta de sangue e recusou-se a conversar com os policiais militares, dizendo que só falaria na presença de um delegado.
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Assim, os militares detiveram o agressor e o encaminharam para a Delegacia Regional da Serra. Na delegacia, o delegado ouviu o sujeito e, em seguida, o autuou em flagrante por injúria racial e por incitar ou induzir a prática de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou nacionalidade. Por fim, as equipes de segurança levaram o sujeito para o Centro de Triagem de Viana (CTV).
Em resposta à Gazeta Online sobre o incidente, a Prefeitura da Serra encaminhou uma nota da Santa Casa de Chavantes, que administra a unidade, expressando estarrecimento e esclarecendo que o colaborador envolvido recebeu toda a assistência necessária e não sofreu ferimentos graves.
“Não admitimos nenhum tipo de violência, discriminação ou conduta abusiva com os profissionais e/ou pacientes. Daremos total apoio e testemunho às autoridades e reafirmamos nosso compromisso com a igualdade, respeito à diversidade racial, cultural, de gênero e crença”.
Violência contra profissionais da saúde é um problema antigo na Serra