A cidade da Serra recebeu o rótulo de uma das 38 cidades com piores índices de poluição atmosférica. A pesquisa World Air Quality 2023 listou as cidades brasileiras com os piores índices de poluição atmosférica, e a Serra aparece na 28° colocação entre os 38 municípios mais críticos do país, com um índice de poluição de (9,3). Esse número ultrapassa de uma a duas vezes o limite recomendado de pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Serra entra em lista dos piores índices de poluição do ar
Além da Serra que ficou na colocação 28º no ranking, Guarapari também apareceu no levantamento em 36° colocado, com um índice de poluição de (7), que também excede o padrão seguro da OMS. A pesquisa foi baseada em partículas finas, conhecidas como MP 2,5, que representam um risco significativo à saúde. Visto que, se trata de materiais particulados com diâmetro de até 2,5 micrômetros (MP 2,5).
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A Serra aparece na lista com grandes centros urbanos do Brasil, como São Paulo (13,1), Manaus (11,7) e Rio de Janeiro (11,7). A cidade de Xapuri, no Acre, que lidera o ranking com um índice de (21), ultrapassando até cinco vezes o parâmetro recomendado.
Qualidade do ar nas cidades brasileiras
Baseado na concentração de material particulado (MP 2,5), em micrograma por m³. Abaixo, todas as cidades brasileiras analisadas.
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- – Xapuri (Acre): 21 (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS);
- – Osasco (São Paulo): 19,4 (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS);
- – Manaus (Amazonas): 16,8 (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS);
- – Camaçari (Bahia): 16,2 (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS);
- – Guarulhos (São Paulo): 16 (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS);
- – São Caetano (São Paulo): 15,9 (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS);
- – Rio Claro (São Paulo): 15,5 (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS);
- – Cubatão (São Paulo): 15,4 (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS);
- – Acrelândia (Acre): 15 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
- – Campinas (São Paulo): 15 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
- – Mauá (São Paulo): 14,6 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
- – Porto Velho (Rondônia): 14,3 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
- – São Paulo: 14,3 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
- – Senador Guiomard (Acre): 13,4 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
- – Santos (São Paulo): 13,1 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
- – Ribeirão Preto (São Paulo): 13 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
- – Jundiaí (São Paulo): 12,6 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
- – Rio Branco do Sul (Paraná): 11,9 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
- – Curitiba (Paraná): 11,9 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
- – Rio Branco (Acre): 11,8 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
- – Piracicaba (São Paulo): 11,8 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
- – Rio de Janeiro: 11,7 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
- – Manoel Urbano (Acre): 11,5 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
- – São José dos Campos (São Paulo): 11 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
- – Taubaté (São Paulo): 10,6 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
- – Guaratinguetá (São Paulo): 10,2 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
- – Timóteo (Minas): 10,1 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
- – Serra (Espírito Santo): 9,3 (excede de 1 a 2 vezes o parâmetro da OMS);
- – São José do Rio Preto: 9,3 (excede de 1 a 2 vezes o parâmetro da OMS);
- – Palmas (Tocantins): 9,3 (excede de 1 a 2 vezes o parâmetro da OMS);
- – Macapá (Amapá): 8,5 (excede de 1 a 2 vezes o parâmetro da OMS);
- – Cruzeiro do Sul (Acre): 8,4 (excede de 1 a 2 vezes o parâmetro da OMS);
- – Tarauacá (Acre): 8,2 (excede de 1 a 2 vezes o parâmetro da OMS);
- – Jambeiro (São Paulo): 8 (excede de 1 a 2 vezes o parâmetro da OMS);
- – Boa Vista (Roraima): 7,2 (excede de 1 a 2 vezes o parâmetro da OMS);
- – Guarapari (Espírito Santo): 7 (excede de 1 a 2 vezes o parâmetro da OMS);
- – Brasília: 6,8 (excede de 1 a 2 vezes o parâmetro da OMS);
- – Fortaleza: 3,4 (dentro do parâmetro).
IEMA e Prefeitura da Serra contestam dados
No entanto Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA) contestou os dados do relatório em declaração dada ao jornal Folha Vitória. De acordo com o órgão, a pesquisa não consultou as informações das estações de monitoramento oficiais do Espírito Santo.
O IEMA reforçou que monitora a qualidade do ar no Espírito Santo por meio da Rede Automática de Monitoramento da Qualidade do Ar (RAMQAr). Segundo o órgão, a RAMQAr é uma das redes mais completas do Brasil, tanto em termos de quantidade de estações quanto em distribuição territorial.
Além disso, o Folha Vitória trouxe que Prefeitura da Serra se pronunciou sobre o relatório, destacando que o monitoramento do ar é responsabilidade do Estado e que as emissões atmosféricas podem vir de outros municípios.
Dessa forma, a prefeitura ainda acrescentou na nota que participa de uma comissão que monitora e acompanha as emissões de poluentes do Complexo Industrial e Portuário de Tubarão, junto a outros municípios e órgãos estaduais e federais.
O Serra Noticiário continua acompanhando o caso de perto e trará novas informações assim que possível.