A segurança nas escolas tornou-se um tema central nas discussões da Câmara da Serra, especialmente após recentes episódios de violência em instituições educacionais pelo Brasil. Na última quarta-feira (20), o plenário da Câmara da Serra aprovou o Projeto de Lei n° 141/2023, proposto pelo vereador Professor Artur (Solidariedade), que visa instituir um programa de vigilância e monitoramento armado em todas as escolas da rede municipal da Serra.
Projeto de vigilância armada é aprovado na Serra
A proposta, que contou com 10 votos a favor e 3 contra, gerou debates entre os parlamentares. O vereador William Miranda (PL) questionou a necessidade de vigilantes armados nas escolas, enquanto o autor do projeto, vereador Professor Artur defendeu a medida como essencial para garantir a segurança dos estudantes e profissionais da educação.
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Os vereadores que também são professores mostraram-se divididos sobre o tema. Rurdiney (PSB) votou contra, sem justificar seu posicionamento, enquanto Alex Bulhões (PMN), apesar de suas ressalvas quanto ao armamento, votou a favor, ressaltando a urgência de medidas de segurança nas escolas.
Inclusive, o autor do projeto, o vereador Professor Artur, antes da votação foi à tribuna do plenário para esclarecer algumas dúvidas sobre o projeto. Além disso, ele reforçou a importância dessa segurança nas escolas, que segundo ele, não irá eliminar a presença dos porteiros.
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“Os que nos acompanham, que esses dias eu fiz um debate com o nobre vereador aqui nessa câmara, pelos corredores, que o nobre não entendia direito o que que é porteiro, o que que é vigilância armada. O porteiro continua na escola e é necessário, é o acolhimento. A vigilância armada trata da segurança da escola, da inteligência, da análise do cenário e é os teóricos que vão buscar diversos erros que podem acontecer no projeto, impacto financeiro, isso, aquilo. Cuidar da vida das nossas crianças é investimento.”
Vereador Artur Costa
O vereador ainda aproveitou para mandar um recado direto ao prefeito Sérgio Vidigal (PDT), que agora fica responsável pela aprovação final do projeto de lei.
“O prefeito sabe o que tem que fazer, ele tem lá a secretaria para analisar todo o cenário, mas a Câmara precisa mandar um recado claro e direto ao prefeito. Prefeito, não deixa acontecer a tragédia, porque esse sangue vai estar nas suas mãos.”
Decisão nas mãos de Sérgio Vidigal
Agora, a decisão final está nas mãos do prefeito Sérgio Vidigal. Portanto, o prefeito tem até 15 dias, prorrogáveis por mais 15, para sancionar, vetar parcialmente ou vetar totalmente a proposta. Segundo fontes próximas ao prefeito, existe uma resistência à ideia de vigilância armada nas escolas da Serra.
Portanto, apesar da aprovação por parte dos vereadores, o projeto ainda deve passar por um novo processo de avaliação e decisão da gestão educacional com a Prefeitura da Serra.
O Serra Noticiário continua acompanhando o caso de perto e trará novas informações assim que possível.