Na tarde da última quarta-feira (24), aproximadamente 60 pessoas realizaram uma manifestação bloqueando a linha férrea localizada no bairro Central Carapina, no município da Serra. O grupo protestava por direitos e compensações referentes ao desastre da barragem de Mariana, ocorrido em novembro de 2015.
Ocorrência de manifestação
A Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), foi acionada pelo CIODES para acompanhar o movimento em Central Carapina e tentar mediar o diálogo entre os manifestantes e representantes da mineradora Vale.
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Ao se aproximarem dos trilhos, os militares avistaram o grupo e iniciaram conversas para entender as reivindicações e tentar chegar a um entendimento.
Reivindicações
Heider José Boza, líder e porta-voz do movimento, afirmou que o grupo foi diretamente impactado pela poluição causada pelo rompimento da barragem de Mariana e exige que a Vale tome medidas para reparar os danos. Segundo Boza, os direitos dos manifestantes não foram contemplados no novo acordo de reparação, previsto para assinatura nesta sexta-feira, 25 de outubro. A exclusão dessas demandas gerou insatisfação, levando ao protesto.
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Durante a manifestação, os militares tentaram intermediar uma negociação com a Vale, que optou por não discutir alterações ou agendar uma reunião, possivelmente devido à iminência da assinatura do novo acordo judicial.
Encerramento pacífico
Antes da chegada da Polícia Militar, os manifestantes haviam incendiado troncos sobre a linha férrea, bloqueando parcialmente a via. Após diálogo com os militares, decidiram encerrar o ato pacificamente e aguardar os desdobramentos do acordo.
Desastre Ambiental
O rompimento da barragem da mineradora Samarco, em 2015, resultou na morte de 19 pessoas e foi um dos maiores desastres ambientais do Brasil. As consequências do desastre ainda afetam dezenas de comunidades em Minas Gerais e no Espírito Santo, ao longo da bacia do Rio Doce. Em 2016, a Samarco e suas controladoras, por meio da Fundação Renova, firmaram um acordo com órgãos públicos para reparar os danos, mas as ações foram consideradas insuficientes pela população atingida.
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