O casal preso sob suspeita de assassinar Priscila dos Santos de Ambrósio, de 36 anos, e seu filho Igor Gabriel de Ambrósio, de 4 anos, na última segunda-feira (15), em Nova Carapina I, na Serra, foi identificado como Ricardo Elias Santana, de 44 anos, e Iavelina Noemia de Oliveira, 36. Ambos eram vizinhos das vítimas.
Priscila e Igor foram espancados até a morte e encontrados por um vizinho na varanda de casa, cobertos de sangue. Na sexta-feira (19), policiais civis foram até a residência da suspeita, conforme apontado nas investigações.
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Ao chegar na casa da suspeita de 36 anos, localizada na rua Itambacuri, os policiais chamaram a mulher pelo nome, mas ela não saiu e perguntou quem era. Um dos policiais pulou o muro com a ajuda de uma escada, permitindo o acesso dos outros investigadores. Dentro da residência, a mulher começou a chorar e afirmou que o responsável pelo duplo homicídio era seu companheiro.
Ela revelou quais roupas estava usando no dia do crime e entregou as peças aos investigadores, além de indicar o endereço onde o homem morava. Na casa da mulher, os policiais encontraram também uma caixa de joias, que ela afirmou ter recebido do suspeito um dia antes da prisão.
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Os detidos foram levados para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa para prestarem esclarecimentos. Os policiais também apreenderam um aparelho de celular na casa da suspeita, que pode ajudar nas investigações.
Uma testemunha relatou que o crime pode ter sido motivado por desavenças financeiras. Priscila era conhecida por conceder empréstimos com juros, prática conhecida como agiotagem. Ela teria vendido uma dívida do Ricardo para outro agiota, o que o revoltou.
Vizinhos relataram que a mulher envolvida no duplo homicídio era amiga de Priscila e teria passado o dia com a criança, facilitando o crime. No entanto, algo deu errado e o menino precisou voltar para casa, onde também foi assassinado.
Em conversa com a reportagem do Serra Noticiário, um vizinho relatou que Ricardo era frequentador de uma igreja evangélica localizada próxima à casa dos suspeitos e das vítimas. “Ele (Ricardo) sempre passava aqui na rua me chamando para ir à igreja, dizendo que Jesus iria mudar minha vida. Nunca imaginei que ele poderia estar envolvido em um crime tão horrível.“
De acordo com a Polícia Militar, há indícios de que a vítima e o assassino tenham conversado antes do crime. A residência era cercada por grades e cadeados, e não havia sinais de arrombamento. Debaixo do corpo de Priscila, um bilhete foi encontrado.
Mais detalhes sobre o crime serão divulgados em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (22), às 10h30, na Chefatura de Polícia Civil, com os delegados Raffaella Aguiar, Rodrigo Sandi Mori e Fernanda Diniz.