Na última quinta-feira (08), foi amplamente noticiado a operação Freeloader da Polícia Federal que teve uns dos alvos o vice-prefeito da Serra, Thiago Carreiro (União Brasil). A investigação trata de suposto crimes de lavagem de dinheiro durante a campanha eleitoral de Thiago Carreiro a deputado federal em 2022, quando acabou não conseguindo se eleger pela Serra.
SN já tinha destacado os gastos de campanha de Thiago Carreiro em 2022
Apesar da ação da Polícia Federal estar ocorrendo quase dois anos após o período eleitoral de 2022, as suspeitas sobre a campanha de Thiago Carreiro não são uma novidade.
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Isso porque, ainda durante a eleição de 2022, uma reportagem especial do Serra Noticiário analisou os gastos dos principais candidatos a deputado federal com bases eleitorais na Serra. Assim, após um levantamento de gastos, ficou constatado que a campanha de Thiago Carreiro foi mais cara dentre todos os candidatos da Serra.
Para exemplo de comparação, a campanha de Thiago Carreiro, segundo números oficiais do Tribunal Superior Eleitoral, Thiago Carreiro gastou mais de 1 milhão e 694 mil reais. Na mesma corrida eleitoral, Sueli Vidigal (PDT), gastou bem menos, cerca de 1 milhão e 94 mil reais. Ao todo, Thiago Carreiro recebeu 13.017 votos.
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Além do valor elevado da campanha de Thiago Carreiro em relação aos demais candidatos, outros detalhes chamaram a atenção. Na ocasião, as reportagens especiais apuraram, em primeira mão, que alguns valores declarados na campanha do vice-prefeito estavam acima dos valores praticados por outros candidatos.
Pagamentos de 60 mil para coordenadores de campanha
A matéria intitulada de “‘Oportunidade’ Candidato Thiago Carreiro contrata funcionários em sua campanha com salários de R$ 60 mil reais, trouxe na época os valores pagos a dois supostos coordenadores de campanha do então candidato. Valores acima dos 60 mil acabaram sendo destinados a dois funcionários em pessoa física (CPF).
A critério de comparação, na mesma corrida eleitoral, Renato Casagrande (PSB), que disputava a reeleição para governador do ES, pagava cerca de R$ 5,3 mil para seus coordenadores de campanha.
Thiago Carreiro rebateu matéria do SN ainda em 2022
Ainda em 2022, quando o Serra Noticiário trazia essas suspeitas de irregularidades nas contas de campanha de Thiago Carreiro, o então candidato inclusive rebateu a matéria do SN, considerando que o editorial feria a “prática cabal do bom jornalismo”.
Além disso, Thiago Carreiro alegou na época que os valores pagos aos seus coordenadores de campanha refletiam a “capacidade técnica e intelectual dos fornecedores contratados – e reconhecidos pelo mercado“.
Thiago Carreiro diz ser vítima de perseguição política
Ainda na última quinta-feira (08), Thiago Carreiro gravou um vídeo durante a busca da Polícia Federal, alegando que essa ação se tratava de uma perseguição da velha política. Vale lembrar que, ele não chega a dizer quem são esses supostos membros da velha política que o perseguem. Confira o vídeo abaixo.
Vídeo YouTube SN:
O Serra Noticiário continua acompanhando o caso de perto e trará novas informações assim que possível.