Conforme apurado pelo Serra Noticiário, o policial militar que matou o vizinho em um prédio no bairro Jardim Camburi, foi reprovado durante quinta etapa do concurso público para soldado da Polícia Militar do Espírito Santo, mas foi “desreprovado” por força de uma decisão judicial.
O soldado da Polícia Militar, Lucas Torrezani de Oliveira, de 28 anos, foi preso e encaminhado para o presídio no Quartel do Comando Geral da PM, após se apresentar na delegacia na noite da última segunda-feira (17), acusado pela morte de seu vizinho, o músico Guilherme Rocha, de 37 anos, ocorrido durante a madrugada.
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Reprovado durante investigação social
Conforme consta no processo “0027019-46.2019.8.08.0024”. Durante o concurso da PM de 2018, ainda na condição de candidato, durante a etapa de investigação social, Lucas admitiu que já tinha fumado maconha – uma única vez – aos 16 anos na casa de um amigo durante o ensino médio.
Diante da autodeclaração do candidato, foi classificado como “contraindicado” e afastado das próximas etapas do concurso público para soldado combatente.
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Lucas Torrezani de Oliveira, após ser reprovado na etapa de investigação social, entrou com ação ordinária com pedido de tutela de urgência. O caso foi analisado pela 4ª Vara da Fazenda Pública Estadual de Vitória.
Na ação, Lucas requereu a suspensão da decisão e a autorização para participar das demais etapas do concurso em igualdade de condições com os demais candidatos.
A juíza responsável pelo caso deferiu parcialmente o pedido, permitindo a participação nas demais etapas do concurso, desde que o único impedimento seja aquele alegado na investigação social, decisão que se manteve até o final do processo. De acordo com o site da Transparência, Lucas entrou na Polícia Militar em 2020.
O que é investigação social
A investigação social é uma etapa importante nos concursos públicos para a polícia, seja ela civil ou militar. Essa fase tem como objetivo avaliar o comportamento e a conduta do candidato no âmbito social e pessoal, verificando se ele possui um histórico compatível com as exigências e responsabilidades do cargo policial.
Durante a investigação social, são analisados aspectos como antecedentes criminais, histórico familiar, comportamento escolar e profissional, relacionamentos interpessoais e envolvimento em atividades ilícitas. Além disso, verifica-se a idoneidade moral e a reputação do candidato em sua comunidade.
Candidatos considerados “contraindicados” na investigação social podem ser eliminados do concurso, pois são julgados inaptos para exercer funções no âmbito policial. No entanto, em alguns casos, é possível recorrer judicialmente para reverter essa decisão e continuar no processo seletivo.
A investigação social é crucial para garantir que os futuros policiais possuam um perfil adequado e comprometido com a ética e a integridade, garantindo assim a segurança e o bem-estar da população.