Mais uma vítima de buraco no asfalto, dessa vez, foi um motoboy que acabou no prejuízo e perdendo um dia de serviço
Na última quinta-feira (4), o rapaz que trabalha como Motoboy, prefere não se identificar, relatou ao jornal que ficou revoltado com o prejuízo e também com a perda do dia de serviço, causado pelo buraco no ‘asfalto farofa’.
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Estava a caminho do trabalho por volta das 13h e tive meu trajeto interrompido, não possível desviar do buraco e quebrou a roda da moto, acabei perdendo um dia de serviço.” Relatou o motoboy ao jornal.
Esse outro buraco também está localizado na Av. Civit, porém próximo do cruzamento com a BR-101.
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Porque os asfaltos do tipo “farofa” estão presentes em quase todas as vias no Brasil?
Quem já teve o privilégio de dirigir pela Autobahn, auto estradas federais da Alemanha, conhece a qualidade do tipo de asfalto que existe lá, quase um século de chuva, sol e neve, não abre buracos, construído em 1930 no período pré-Segunda Guerra Mundial, ainda possui tanta qualidade?
As autoestradas alemãs foram originalmente construídas principalmente com camadas de concreto à prova de gelo, mas trechos com outros tipos de pavimentação foram encontrados ao longo da história. Atualmente, o pavimento asfáltico é predominante, o qual precisa ser substituído, em média, a cada 15 anos.
Os projetos das autobahns foram idealizados para atenderem os padrões durante o período nazista, podendo suportar velocidades de até 150 km/h (93 mph) nas curvas.
Em geral, os pavimentos das autobahns foram construídos com cerca de 68 cm (27 polegadas) de espessura, de modo a suportar o peso dos veículos em velocidades mais altas, equivalente ao dobro da espessura de rodovias em outros países.
Enquanto no Brasil, os asfaltos não duram 1 anos antes que comecem a abrir buracos e gerar transtornos para os usuários. Essa situação ridícula tem explicação, e ela é exatamente o que você deve estar imaginando: uma mistura de corrupção, monopólios, falta de comprometimento com a qualidade de obras públicas e falta de fiscalização.
O estudo divulgado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) mostra que a metodologia utilizada no Brasil para projetar rodovias tem uma defasagem de quase 40 anos em relação a países como Estados Unidos, Japão e Portugal. Para citar apenas um exemplo: enquanto Portugal, país do tamanho do Estado de Pernambuco, utiliza três zonas para calcular o impacto das variações climáticas sobre as técnicas e os materiais utilizados na construção de rodovias, o método empregado no Brasil não faz essa diferenciação importante para dar mais precisão ao projeto.
A falta de fiscalização é outro problema. Muitas obras são entregues fora dos padrões mínimos de qualidade, exigindo novos gastos para correção de defeitos que podem corresponder a até 24% do valor total da obra. Com poucas balanças em operação e sem fiscalização adequada, também cresce o problema do sobrepeso no transporte de cargas, cujo impacto reduz a vida útil do pavimento.
O jornal SERRA NOTICIÁRIO, fez contato com a Prefeitura da Serra, buscando informações sobre andamento dos trabalhos de tapa-buraco no município.
A Secretaria de Serviços informou que está atuando com a operação tapa-buracos desde que a chuva cessou, uma vez que após o período de grande volume de chuvas, é necessário aguardar de um a dois dias para que o solo fique realmente seco para aplicação do asfalto, evitando assim, o desperdício.
A operação tapa-buracos da Serra é realizada em todo o município, seguindo cronograma semanal, amplamente divulgado nos canais oficiais da Prefeitura da Serra.
Assim que o período de chuva cessar por completo, todos os serviços da operação serão concluídos, não só na região do Civit, bem como em todas as áreas necessárias.