A Polícia Civil, por meio do Departamento Especializado de Investigações Criminais (DEIC), revelou na última quarta-feira (26) que seis pessoas estavam envolvidas no assalto milionário – R$ 2 milhões em espécie – à casa do ex-deputado estadual e ex-vereador da Serra, Luiz Carlos Moreira, ocorrido em março deste ano, em Jacaraípe.
O crime resultou no roubo de R$ 2 milhões e outros bens. Três suspeitos foram presos, um morreu e dois ainda estão foragidos. Todos os envolvidos no assalto milionário são moradores do Bairro das Laranjeiras.
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Investigação e identificação dos suspeitos
Após o crime, peritos coletaram vestígios e identificaram um dos criminosos por meio de digitais. A investigação revelou que dois dos ladrões foram para Guarapari gastar parte do dinheiro em um show.
Alaf Siqueira, de 22 anos, acusado de cometer o assalto milionário enquanto estava em saidinha temporária. Após o roubo, ele aproveitou a noitada em Guarapari e se apresentou novamente no presídio em Linhares, no Norte do Espírito Santo, no dia seguinte. Já o outro, Thomas Gabriel, de 20 anos, morreu afogado em Guarapari no mesmo dia do crime, após aproveitar show com Alaf.
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“Depois do show, recebemos informações de que Thomas apareceu no calçadão da Praia Areia Preta, em Guarapari, com sinais de embriaguez. Em seguida, o corpo dele foi encontrado, após ele se afogar no mar”.
delegado Gabriel Monteiro
chefe do Departamento de Investigações Criminais (DEIC)
Os outros dois suspeitos presos são Lincoln Pereira Sperandio, de 23 anos, e Gustavo Borges, também de 23 anos.
Outros envolvidos e a lavagem de dinheiro
Além dos quatro criminosos que participaram diretamente do roubo, as investigações da polícia apontam que há outros dois envolvidos no crime. Reinaldo Alves da Silva, de 44 anos, pai de Thomas, teria auxiliado na fuga dos assaltantes após a tentativa de incendiar o carro usado no crime.
Clarisvaldo Silva Junior, de 26 anos, também teve participação no caso, sendo responsável pela ocultação e lavagem do dinheiro roubado, conforme afirmou o delegado Gabriel. Para realizar a lavagem do dinheiro, Clarisvaldo investiu na compra de veículos, adquirindo dois ônibus semileitos, um Honda HR-V, um Fiat Uno, um Honda Civic e uma Mercedes-Benz.
Clarisvaldo responde em liberdade
Atualização: Após a publicação do caso, o advogado responsável pela defesa de Clarisvaldo procurou a reportagem para informar que seu cliente não é foragido, pois teria sido o único dos acusados a receber da Justiça o direito de responder ao processo em liberdade.
Recuperação de bens e dinheiro roubado
Com as prisões e apreensões, a polícia conseguiu recuperar o equivalente à metade do dinheiro roubado. Foram recuperados dois ônibus semileitos novos, três veículos novos e cerca de R$ 32 mil em dinheiro.
Os criminosos planejavam utilizar esses automóveis, como o Fiat Uno, que já estava sendo usado em corridas de aplicativo. A polícia apreendeu todos os veículos, exceto a Mercedes, que foram encaminhados à justiça.
As vítimas forneceram documentação que comprova a origem lícita do dinheiro roubado, proveniente da venda de um imóvel. Com essa comprovação, a justiça leiloará os bens apreendidos e ressarcirá a vítima, conforme explicou o delegado Monteiro.
Detalhes do assalto e investigações futuras
O assalto à casa do ex-vereador ocorreu na madrugada do dia 17 de março e durou cerca de 40 minutos. Os suspeitos entraram na casa pela sacada do quarto, no segundo andar, após quebrarem a vidraça da porta. Eles sabiam que o dinheiro, fruto da venda recente de uma fazenda, estava na residência. As vítimas, incluindo uma bebê de seis meses e uma criança de 10 anos, ficaram sob ameaças durante todo o tempo.
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Os criminosos revistaram a casa até encontrarem o dinheiro em um compartimento secreto atrás de um móvel. Além dos R$ 2 milhões, também foram roubados dinheiro de contas, joias e salário de R$ 11 mil.
A polícia continuará investigando o caso por meio dos celulares apreendidos, a fim de esclarecer como os criminosos souberam da existência do dinheiro na residência.
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