Em uma investigação meticulosa, a Divisão Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Serra desvendou o chocante duplo homicídio ocorrido em 10 de novembro de 2022. As vítimas, Marcio Rony Ventura Ferreira Oliveira, 34 anos, e Bruna Mara Silva Oliveira Ventura, 26 anos, foram assassinadas em sua própria casa no bairro Maringá, na cidade de Serra.
Guerra do Tráfico: homens armados e de coletes invadem residência e matam casal na Serra
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Crime e sua dinâmica
Na noite, seis indivíduos invadiram a residência das vítimas. Estavam fortemente armados e vestiam camisas falsas da Polícia Civil. Assim após cortar o cadeado do portão e arrombar a porta, ordenaram que a filha do casal, uma menina de apenas 6 anos, deixasse a casa. Em seguida, executaram as vítimas com 75 disparos de arma de fogo. Na fuga, um dos criminosos, ao ver a filha do casal, proferiu as palavras: “Matei a sua mãe“.
Áudios antes e depois do crime em Maringá
Durante a coletiva de imprensa realizada pela Polícia Civil, o delegado Rodrigo Sandi Mori, responsável pela investigação do duplo homicídio no bairro Maringá, divulgou áudios chocantes colhidos durante a apuração do caso. Nos registros, é possível ouvir Gislaine, uma dos envolvidos, planejando meticulosamente o crime para a execução das vítimas.
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O trecho mais impactante, no entanto, é a voz de Pedro Corttes Falcão, anterior líder do tráfico no bairro, assumindo a autoria do crime. Em tom frio, Pedro detalha sua participação.
O Pedro é um dos maiores homicidas do município da Serra, extremamente perigoso, articulado, vingativo. Em vários áudios colhidos ele demonstra frieza, nenhum arrependimento e conta gargalhando para diversos amigos como foi a execução do duplo homicídio”
Rodrigo Sandi Mori
delegado titular DHPP Serra
Envolvidos e suas funções
Ao todo, equipes da DHPP Serra identificou 11 pessoas que estiveram envolvidos no crime. Destes, oito adultos foram presos, um adolescente foi apreendido, um está foragido e um foi morto. Contudo, os veículos utilizados na ação foram um Etios, dirigido por Gabriel de Castro Balbi, e um Voyage, conduzido por Phelipe Ferreira Gusmão Lino, conhecido como “Simpson”.
Os executores do crime foram identificados como Robert Dias Lino (“Robert da 12”), Wesley Magno Uchoa Braz (“Neném da Preta”), Wagner da Silva Rangel (“Seu Waguinho”, atualmente foragido), Luiz Gustavo do Nascimento Costa (“Zói de Gato ou Zé Gotinha”), morto em janeiro deste ano, no bairro Aribiri, Vila Velha. Além de um adolescente.
Arthur Resende de Paula foi o responsável por adquirir o alicate usado para cortar o cadeado do portão e também monitorou a residência das vítimas antes do crime. José Ricardo Lapa Zaneti e Gislaine Soares Andrade monitoraram a rua no dia do crime.
Motivação e contexto do duplo homicídio em Maringá
A investigação revelou que o crime foi resultado de uma disputa pelo domínio do tráfico de drogas no bairro Maringá. Dessa forma, Pedro Corttes Falcão, anterior líder do tráfico na região, viu seu domínio ameaçado quando Márcio assumiu a liderança. Sendo assim, Pedro, já condenado por homicídio aos 19 anos, foi identificado como um dos principais executores do crime.
Consequências e prevenção de futuros crimes
Dessa forma, a Polícia Civil acredita que as prisões evitaram outros possíveis homicídios na Serra, especialmente nos bairros, Maringá, Jardim Carapina e Central Carapina. Portanto, o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Sandi Mori, destacou que, apesar da complexidade do crime, os envolvidos não fazem parte de um grupo criminoso organizado, mas sim de indivíduos ligados ao tráfico de drogas que se uniram para cometer o crime.
A equipe do Serra Noticiário continuará acompanhando o caso e trará mais atualizações conforme novas informações sobre o julgamento forem disponibilizadas.