A Prefeitura da Serra prometeu entregar ainda neste mês de junho um posto da Guarda Municipal no bairro Planalto Serrano

Na última segunda-feira (06), o Serra Noticiário através de seu perfil no Instagram, realizou uma enquete com o seguinte questionamento, “Planalto Serrano merece uma Unidade de Polícia (UPP)?”. Até o momento, o resultado foi 2176 (85%) votos pelo sim e 395 (15%) votos contrários à ideia.
Além dos votos na enquete realizada no stories do Instagram, muitos leitores via direct do Serra Noticiário clamaram por urgência.
O bairro Planalto Serrano, tem sido o bairro com maior número de moradores baleados durante os ataques a tiros, promovidos por traficantes, nesses últimos dois anos, na cidade de Serra.
Argumentações favoráveis e contrárias
Com uma diminuição considerável do índice de criminalidade nas proximidades das favelas pacificadas, o fim dos tiroteios é o principal ponto positivo apontado pelos moradores das áreas pacificadas. Para Luís Eduardo Soares, o fim dos tiroteios e da circulação de armas de fogo na mão de traficantes possui ligação direta com a queda dos índices de violência letal. Também são apontadas as maiores facilidades para entrada de novos serviços prestados à população.
Apesar destes pontos consideravelmente positivos, os críticos lembram que tais melhorias ocorreram principalmente no primeiro momento da instalação das unidades de polícia pacificadora. Tiroteios, inicialmente ausentes nas favelas pacificadas, voltaram a ser rotina principalmente no Complexo do Alemão, Vila Cruzeiro sendo emblemáticos os tiroteios na Corrida pela Paz, do Complexo da Penha ao Complexo do Alemão e a morte da policial Alda Rafael Castilho em confronto no Parque Proletário da Penha.
O ponto culminante para a crítica às unidades de polícia pacificadora foram as manifestações de junho de 2013, quando o caso do desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo na Rocinha se tornou um símbolo da crítica ao programa ou mesmo ao reforço militar que as UPPs da Penha e Complexo do Alemão começaram a receber em resposta aos ataques a policiais dessas unidades. Este reforço provocou movimentação de organizações e ambos os complexos de favelas, que emitiram um manifesto público sobre a presença militar.
Em termos culturais, as favelas passaram por uma profunda mudança em seus hábitos. A resolução 13 definiu as Unidades de Polícia Pacificadoras como responsáveis pela autorização de eventos dentro das favelas. Com isso, ficaram prejudicados os bailes funk, mesmo após a revogação da resolução. Moradores continuam tendo dificuldades em realizar eventos em suas comunidades.
Iniciativas semelhantes
Mesmo com as críticas, projetos semelhantes têm sido implantados em outros estados brasileiros: o governo do estado da Bahia criou as Bases Comunitárias de Segurança (BCS) para atender às comunidades de Salvador e outras cidades do interior; o governo do Paraná criou as Unidades Paraná Seguro (UPSs) para atender às comunidades de Curitiba; o governo do Maranhão criou as Unidades de Segurança Comunitária (USCs) para atender às comunidades de São Luís; e o governo do Rio Grande do Sul criou os Territórios da Paz (TP). O governo do Rio de Janeiro também lançou o projeto da Companhia Integrada de Segurança Pública (Cisp), que atende a alguns morros e favelas da cidade, com formato idêntico às UPPs.
Secretaria de Segurança Pública do ES boiando na maionese
A reportagem procurou a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social do Espírito Santo, questionando se existe alguma possibilidade de intervenção no bairro Planalto Serrano, mesmo após 15 dias de contato, sem retorno até o momento da publicação.
Prefeito Sérgio Vidigal prometeu em 2021 um posto da Guarda Municipal em Planalto Serrano
Em julho de 2021, o atual prefeito da Serra prometeu um posto da Guarda Municipal, com objetivo de reforçar as ações de combate à violência, no bairro.
A reportagem procurou a Prefeitura da Serra, em busca de informações sobre o andamento do posto. A Prefeitura informou que a praça está passando por uma revitalização da praça, que inclui a construção de um ponto de apoio para forças de segurança que estiverem circulando pelo local. O módulo está pronto.
As obras da praça, que incluem esse ponto de apoio, deverão ser inauguradas no final deste mês de junho.


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