Na última segunda-feira (08), enquanto as famílias e amigos de Luma Alves da Silva e Natiele Lima dos Santos, ambas de 19 anos, jovens universitárias tragicamente falecidas, realizavam o doloroso adeus no cemitério Jardim da Paz, na Serra, a justiça tomava uma decisão controversa. Uma apuração revelou que Luma residia no bairro Mestre Álvaro e Natiele morava no bairro Nova Carapina.
Daniel Ramos Guedes, o motorista do carro resultou em acidente com a morte de duas jovens, recebeu liberdade provisória sem a exigência de fiança. Imagens do acidente, mostram o veículo se chocando violentamente contra o muro de um condomínio na madrugada de domingo (07).
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Detalhes da audiência de custódia revelam que Guedes, que havia se recusado a submeter-se ao teste do bafômetro no local do acidente, enfrentava acusações de duplo homicídio culposo.
O juiz Arion Mergár, ao analisar o caso, argumentou que a liberação do motorista não representava um risco iminente à ordem pública ou à aplicação da lei penal, destacando o perfil de Guedes como primário, com residência fixa e emprego estável. Como condição para sua liberdade, foram impostas medidas cautelares restritivas, incluindo a proibição de sair da região da Grande Vitória e de frequentar estabelecimentos como bares.
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A decisão judicial também solicitou uma investigação pela Corregedoria da Polícia Civil (PCES) sobre a não realização de um auto de constatação indireta da capacidade psicomotora do motorista, uma medida que poderia ter formalizado a suspeita de embriaguez ao volante.
A Polícia Civil esclareceu que, em situações onde o condutor se recusa a fazer o teste do bafômetro e apresenta sinais de embriaguez, é prática comum a elaboração de um auto de constatação da alteração da capacidade psicomotora. No entanto, neste caso específico, a Polícia Militar (PMES) optou por não proceder com a lavratura do auto, justificando que não havia evidências suficientes para tal. O delegado responsável encaminhou o motorista para exame de alcoolemia e iniciou uma investigação detalhada para apurar as circunstâncias exatas do acidente.
O advogado de Guedes, Pedro Ramos, confirmou a concessão da liberdade provisória pelo juízo da Audiência de Custódia, reiterando que seu cliente estará à disposição da justiça para todos os esclarecimentos necessários.
O caso continua a ser objeto de investigação pela Polícia Civil, que busca esclarecer todos os aspectos e determinar as responsabilidades pelo ocorrido. A apuração realizada pelo Serra Noticiário revelou que Luma residia no bairro Mestre Álvaro e Natiele morava no bairro Nova Carapina.