Na tarde da última quarta-feira (19), no Fórum da Serra, chegou ao fim o julgamento dos acusados de assassinar uma advogada, Gabriela Silva de Jesus, no dia 24 de agosto de 2017. Na ocasião, o ex-namorado da moça, juntamente com um amigo, esquartejaram e depois atropelaram a advogada de 24 anos, no bairro Colina de Laranjeiras, na Serra.
Relembre o caso
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O caso ganhou repercussão devido à com que a advogada foi morta, além do autor do crime se tratar do próprio ex-namorado, Rogério Costa de Almeida. A causa do assassinato teria sido a não aceitação do término do namoro por parte do rapaz. O casal teve um relacionamento de 2012 a 2017, quando deram início ao noivado.
No dia do assassinato, Rogério Costa de Almeida se juntou ao amigo Alexandre Santos de Souza para sequestrar a advogada. Alexandre teria usado uma arma falsa para ameaçar a moça. O corpo da mulher foi jogado na Av. Montes das Oliveiras, com marcas de estrangulamento e atropelamento. Os dois assassinos passaram com o carro por cima do corpo da moça para simular uma morte por atropelamento.
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Após investigações, a polícia chegou até o ex-namorado e o colega, que foram presos indiciados por sequestro, tortura e homicídio qualificado. Eles foram presos no dia seguinte ao crime e estavam em prisão preventiva até o momento do julgamento ocorrido nesta semana.
Segundo o delegado do caso na época, Janderson Lube, por meio do DHPP, a moça foi feita de refém por cerca de 20 horas, quando conseguiu escapar e pedir socorro. Em seguida, ela foi agredida com chutes, socos e estrangulamentos que a levaram a óbito.
A sentença do júri
Após cinco anos da morte de Gabriela Silva de Jesus, o júri popular, formado por quatro homens e três mulheres, se reuniram em uma sala do fórum da Serra e chegaram à conclusão de que os dois acusados eram culpados de matar a advogada por motivo torpe, sem chance de defesa para a vítima.
O ex-noivo da vítima, Rogério Costa de Almeida foi sentenciado a 37 anos de prisão, enquanto seu comparsa, Alexandre Santos de Souza, foi condenado a 30 anos. Além disso, os dois foram condenados a pagar uma multa indenizatória de R$ 75 mil para a família de Gabriela.
A família de Gabriela celebrou a decisão do júri. O pai da moça aguardou todos esses anos pela condenação do assassinato de sua filha, afirmou que esperava um pouco mais de rigor na sentença devido ao crime cometido.
“Nós ficamos felizes. Esperávamos até mais, mas a gente queria a condenação deles. Eles decretaram para a minha filha uma sentença de pena de morte. Apesar da pena que receberam, eles estão vivos, mas a minha filha não volta mais”
Já o advogado Fábio Marçal, que representou a família de Gabriela no caso, afirmou que essa condenação era necessária para dar uma resposta a esse crime cometido.
“Houve crime de tortura, houve um intenso sofrimento da vítima e nada vai trazer a Gabriela de volta. Temos que dar uma resposta para este tipo de crime”
Advogado no caso, Fábio Marçal