Desde o dia 29 de junho, os moradores de diversos bairros passaram novamente a relatar sofrimento com a fumaça fedorenta da turfa, semelhante ao ocorrido em anos anteriores, na cidade de Serra.
A turfa é um material orgânico localizado abaixo do solo, o que dificulta o combate direto à combustão, sendo necessário uso de grande volume de água para o alagamento da área afetada. Devido ao clima seco ocorrido nos últimos meses, favorece a queima do material.
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A vegetação de turfa na Serra, fica localizada próxima ao monte Mestre Álvaro, durante a crise de 2015, os bombeiros gastaram 3 meses para acabar apenas com um dos focos de incêndio.
No ano de 2017, a fumaça de turfa ganhou maior notoriedade quando começou a atingir cidades vizinhas, na Grande Vitória.
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Neste ano de 2022, um incêndio na região de turfa foi publicado pelo Serra Noticiário no dia 29 de junho, na noite do mesmo dia, já foi possível perceber o odor gerado pela queima da turfa.
Vídeo Instagram SN:
Alguns bairros estão sendo mais castigados, como a região de José de Anchieta e Nova Carapina, conforme relataram ao jornal Serra Noticiário, sobre a fumaça de turfa que está aterrorizando os moradores, visto que, essa fumaça está durante dias no ar, tanto durante o dia ou durante a noite.
De acordo com relato de uma moradora da região de José de Anchieta III, o corpo de bombeiros foi até o local na semana passada, mas o problema ainda não foi resolvido pelas autoridades locais.
A moradora gravou um vídeo demonstrando a situação no dia 4 de julho, as cenas mostram como a fumaça é invasiva e causa incômodo, sem contar que as pessoas que possuem asma ou alergias, sofrem ainda mais com a situação.
“Está horrível, tenho bebê pequeno em casa e tenho asma, no vídeo dá pra ouvir a minha dificuldade para respirar devido a fumaça.”
Moradora de José de Anchieta III
Vídeo Instagram Serra Noticiário:
Equipes do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil Municipal estão atuando no combate ao incêndio
A Prefeitura da Serra divulgou na última quarta-feira (13), que está trabalhando em conjunto com Corpo de Bombeiros através da Defesa Civil Municipal, no combate à fumaça da turfa e conta com a colaboração para denunciar possíveis incêndios criminosos.
O processo de controle da turfa, segundo o Major, é demorado. “É necessário delimitar a área, cavar em volta e inundar as margens para que o incêndio não se alastre. Depois, é preciso alagar toda a área para que o fogo, aos poucos, se apague”, disse.
As equipes já instalaram bombas em um canal da região próxima ao foco da turfa, para que a água seja bombeada ainda mais rápido, e diretamente ao solo. Defesa Civil e Corpo de Bombeiros estão no local, e o mapeamento recente com drone e câmera térmica indicam a diminuição das zonas de calor.
“O município está pronto para seguir apoiando o Corpo de Bombeiros no que for necessário, e não está medindo esforços para combater este fenômeno que gera inúmeros desconfortos para a população”.
Coordenador da Defesa Civil, Major Maurício
Durante o período de estiagem, que vai até a primeira quinzena de outubro, é necessário redobrar o cuidado com as áreas de vegetação. Por isso, a Defesa Civil orienta os moradores a evitar queima de lixo, vegetação ou a criação de qualquer foco de incêndio próximo à mata; e evitar também a drenagem de áreas alagadas.
Em caso de incêndio ou de flagrante de alguma das práticas citadas, denúncias podem ser feitas ao CIODES no 181, ou ao Corpo de Bombeiros por meio do 193.
