A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), através da Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), em parceria com a Guarda Municipal da Serra, realizou nesta quinta-feira (16) uma operação nos bairros Balneário de Carapebus e Jardim Limoeiro, na cidade de Serra. O objetivo era combater os crimes de receptação e adulteração de veículos automotores.
Durante a ação, dois suspeitos, de 25 e 32 anos, foram detidos com cinco veículos roubados, todos apresentando sinais de adulteração. Além dos veículos, a polícia apreendeu material utilizado na adulteração de automóveis.
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Um dos detidos, de 32 anos, está sendo investigado pelo roubo de uma caminhonete que ocorreu na terça-feira (14), no bairro Itapoã, em Vila Velha. Descobriu-se na sede da DFRV que ele tinha um mandado de prisão condenatória pelo latrocínio do soldado André Monteiro dos Santos, de 22 anos, ocorrido em 2017.
A Polícia Civil finalizou informando que a ocorrência segue em andamento, e mais informações sobre os procedimentos envolvendo os suspeitos serão divulgadas sómente após a finalização das oitivas.
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Crise da segurança pública capixaba
A crise da segurança pública capixaba, durante a gestão do ex-governador Paulo Hartung, teve início no dia 3 de fevereiro, quando policiais militares começaram uma espécie de ‘greve’. Dessa forma, o Estado do Espírito Santo passou a enfrentar uma onda de violência. Em 10 dias, foram registradas 147 mortes violentas, segundo o Sindicato dos Policiais Civis (Sindipol).
O estado ficou sem a presença da Polícia Militar nas ruas por sete dias devido ao protesto de familiares nas portas dos batalhões. Vale lembrar que a greve de policiais militares é proibida pela Constituição.
Nas ocupações, as mulheres frequentemente afirmam que são elas que estão no comando da paralisação. No entanto, para as autoridades, isso seria uma tentativa de disfarçar o que, supostamente, foi um motim dos PMs. A onda de violência só foi controlada com o início da Operação Capixaba, realizada por 3 mil homens das Forças Armadas e da Força Nacional.
Relembre o homicídio do soldado em Serra-sede
Uma dona de casa relatou ter ouvido os disparos que mataram o policial militar, na noite de 15 de fevereiro de 2017, durante a crise da segurança pública, “Era muito tiro, muito tiro mesmo. Pelo menos uns dez“, contou a testemunha, que viu a namorada do soldado escapar ao cair no chão e fingir-se de morta.
O soldado André Monteiro dos Santos, de 22 anos, integrante do GAO da Polícia Militar, foi assassinado com 14 tiros. “Eu estava deitada quando ouvi os tiros. Fui até a frente da casa com minha filha e vimos os disparos. O rapaz já estava no chão, ensanguentado“, relatou a testemunha.
Ela também mencionou que uma mulher estava com o policial, mas conseguiu escapar dos disparos. “Uma moça chegou gritando logo depois. O suspeito parece ter ido atrás dela também, mas pensou que ela estava morta e foi embora”, lembrou.
Segundo a polícia, o soldado estava com sua namorada, de 21 anos, que por pouco não foi baleada. O criminoso usou a pistola do policial para cometer o crime e fugiu em uma moto, levando a arma e o celular da vítima.
O crime ocorreu na Avenida Getúlio Vargas, às 23h45. Conforme informado pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o soldado e a namorada voltavam de uma academia de ginástica quando foram abordados pelo assaltante.
O soldado reagiu, sacando sua pistola calibre .40, porém, o bandido, armado com uma faca, atacou o soldado, fazendo-o derrubar a arma, que foi apanhada pelo criminoso e usada para atirar.
De acordo com os policiais da DHPP Serra, a pistola tinha capacidade para 15 tiros, e 14 deles atingiram o soldado. O criminoso ainda tentou atirar na namorada do PM, mas ela não foi ferida. Ele fugiu na moto, levando a arma e o celular do policial.
Prisão do suspeito pela morte do soldado da PM
A Polícia Civil do Espírito Santo efetuou a prisão de Wanderson Vasconcelos Dossi, de 27 anos, dois dias após o policial militar André Monteiro dos Santos, de 22 anos, ser assassinado. O crime, ocorrido em Serra-sede, chocou a comunidade local.
Wanderson foi capturado enquanto dormia em um sítio localizado em Carapebus, na Serra. Durante a operação, coordenada pelas equipes da Delegacia Patrimonial e da Delegacia de Crimes Contra a Vida da Serra, foram recuperadas duas motocicletas com restrição de furto e roubo.
Paralelamente, um policial militar à paisana localizou a moto vermelha usada no crime, que estava em posse de um adolescente. A investigação conduziu ao antigo proprietário da moto, identificado como Wanderson. Com antecedentes por roubo, furto e receptação, o suspeito negou envolvimento no crime, afirmando ter um álibi.
No entanto, a namorada do PM morto, que estava com ele no momento do assassinato, reconheceu tanto a moto quanto a voz de Wanderson em uma gravação apresentada pela Polícia Civil. Ao ver Wanderson pessoalmente, ela confirmou sem hesitação que ele era o autor do crime. Wanderson foi autuado por latrocínio e encaminhado ao presídio, enquanto as investigações continuam.
Condenação após seis anos de espera: Família do soldado encontra alívio na justiça
A Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado do Espírito Santo (ACS), manifestou solidariedade à família do Soldado Monteiro e satisfação com a aplicação da justiça, por meio de seu site, no dia 5 de outubro deste ano.
De acordo com a publicação da ACS, após seis anos, a família do Soldado André Monteiro dos Santos, morto em um assalto em 2017, finalmente vê a justiça sendo feita. Wanderson Vasconcelos, de 32 anos, autor dos disparos que tiraram a vida do militar, foi condenado a 29 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão, além de 29 dias-multa, conforme a sentença baseada no artigo 69 do Código Penal.
O pai da vítima expressou alívio com a justiça alcançada. “Não tenho palavras para agradecer pela justiça feita pelo meu filho”, disse ele. André Monteiro dos Santos era membro da ACS/PMBM-ES e atuava no antigo Grupo de Apoio Operacional (GAO), atualmente conhecido como Força Tática.
Em um esforço para acelerar a captura do criminoso, a Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Espírito Santo (ACS/PMBM-ES) fez um apelo público. A associação pediu a colaboração dos seus associados e de toda a sociedade capixaba para localizar Wanderson Vasconcelos, o condenado pelo assassinato do soldado André Monteiro dos Santos.
A ACS destacou uma característica marcante do fugitivo: uma tatuagem no braço direito, que poderia facilitar sua identificação. Essa ação reflete o compromisso da ACS em buscar justiça e segurança, envolvendo a comunidade na solução desse caso trágico.