Nesta terça-feira (24), o prefeito da Serra, Sergio Vidigal (PDT), divulgou um vídeo no qual anunciou a data de inauguração da obra da Rotatória do Ó. O evento está programado para o próximo sábado, dia 28. No mesmo anúncio, o prefeito revelou que o local passará a ser chamado de Sistema Viário Eldes Scherrer Souza.
Mudança de nome da Rotatória do Ó: tributo à controvérsia
O que mais chama a atenção nesse anúncio é a mudança de nome da obra. Até então, o local era conhecido como Argeu Alves da Costa Neto, em homenagem ao soldado da Polícia Militar que faleceu em um acidente no local em 8 de junho do ano passado.
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A decisão de nomear a rotatória com o nome do soldado foi aprovada pelos vereadores da Câmara da Serra em 12 de julho e sancionada pelo prefeito em 23 de agosto de 2022, sob a Lei nº 5.558, conforme publicado no Diário Oficial dos Municípios.
Nova mudança para Sistema Viário Eldes Scherrer Souza
A oficialização da nova nomenclatura, Sistema Viário Eldes Scherrer Souza, ocorreu durante a leitura no Expediente do Dia, na sessão ordinária desta última segunda-feira (23), na Câmara da Serra.
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Polêmica judicial: família processa a prefeitura
De acordo com informações apuradas pelo Serra Noticiário, a mudança de nome ocorre em um contexto delicado. A família do soldado falecido moveu um processo judicial contra a Prefeitura da Serra. Eles alegam que o nome do soldado foi usado em uma obra que pode ter contribuído para sua morte, tudo isso sem o consentimento da viúva. Além de responsabilizar a prefeitura pela morte, a família está pedindo uma indenização de 100 mil reais por danos morais.
Trecho da petição judicial revela o drama da família
O advogado da família, em sua petição, argumenta que a decisão da prefeitura de nomear a rotatória sem o consentimento da família é não apenas inadequada, mas também dolorosa. Segundo o documento, a “homenagem” é considerada indigna pela família, que agora busca reparação moral através do sistema judiciário.
“Sendo certo que a “homenagem” é indigna, vez que não era vontade do falecido, doar sua vida sem causa, tampouco se tornou um mártir pela impudência de quem lhe causara a morte, o ato do ente público não traz consolo algum à esta família, ao contrário, causa mais tristeza.”