O Serra Noticiário entrou em uma profunda investigação nas últimas semanas ao receber denúncias e relatos de supostas negligências médicas ocorridas no Hospital Materno Infantil da Serra, localizado no bairro de Colina de Laranjeiras. Desde então, já foram duas gestantes que perderam a vida, outras duas que estiveram entre a vida e a morte e uma mãe que perdeu seu filho. Todas elas com algo em comum: passaram pelos cuidados do Materno Infantil durante o parto.
Mais uma gestante acusa o Hospital Materno Infantil de negligência médica
Dessa vez, a denúncia partiu de uma jovem de 18 anos, chamada Ingrid Silva Santana, gestante de oito meses, que chegou até a reportagem para relatar que por conta de uma suposta negligência do Hospital Materno Infantil.
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A gestante relata que no dia 16 de junho estava em casa, quando começou a sentir cólicas, que ela mesma julgou ser normal nessa altura da gestação. Ela conta que no mesmo dia percebeu que havia um líquido escorrendo, como se a sua bolsa tivesse estourado naquele momento, mesmo ainda não estando com o tempo completo de gestação.
A gestante se dirigiu imediatamente ao Hospital Materno infantil, em Colina de Laranjeiras, na Serra. Chegando no local, Ingrid conta que foi atendida por uma médica mais velha, que fez exame de toque e afirmou que não havia nada de errado e que a grávida poderia retornar para casa tranquilamente.
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Médica debochou da situação da gestante
Ingrid ainda conta que a médica brincou dizendo que, quando é o primeiro filho, a gestante costuma se preocupar com qualquer coisa. A médica ainda afirmou que o líquido que a gestante sentiu escorrendo poderia ser apenas urina. Por fim, Ingrid passou por um ultrassom e recebeu alta.
No entanto, ainda no caminho para casa ela relatou que continuava perdendo líquido, sentindo dores e contrações fortes. Devido a essa preocupação, Ingrid foi buscar atendimento no Jayme dos Santos Neves, já que não sentiu confiança no diagnóstico do Materno infantil.
Gestante estava em parto prematuro
No Hospital Jayme, a gestante recebeu atendimento e os médicos constataram que ela estava em trabalho de parto prematuro. Ou seja, a médica do Hospital Materno a mandou para casa, mesmo em trabalho de parto. Se a gestante não tivesse ido buscar ajuda em outro hospital, a criança poderia ter nascido em casa, e ainda antes do tempo, podendo ser uma gravidez de risco para a vida de ambos.
Dessa forma, a gestante foi internada e os médicos fizeram um procedimento para que o bebê permanecesse no útero e ficasse até completar todo o período de gestação. Alguns dias depois, Ingrid recebeu alta e contou para a reportagem que a previsão é de que o bebê venha na segunda semana de julho, quase um mês depois de dar entrada no Materno Infantil.
Reportagem procurou a Prefeitura Municipal da Serra
Como sempre, a reportagem fez o trabalho de questionar a Secretaria Municipal de Saúde através da Prefeitura da Serra, em busca de uma resposta para todos esses casos. No entanto, assim como o de muitas gestantes, Ingrid também não terá uma resposta para o seu caso, já que a reportagem ainda não recebeu respostas vindas da Prefeitura.
Mais uma vez, Sergio Vidigal decide ficar em silêncio, enquanto a vida de gestantes e recém-nascidos está em risco na Serra. A reportagem continua acompanhando o caso de perto e trará novas informações assim que possível.