Travestis e transexuais de todo o Brasil se reunirão na Serra, em Nova Almeida, para um encontro histórico. O 1º Encontro Nacional das Travestis e Transexuais Defensoras dos Direitos Humanos acontecerá de 10 a 12 de agosto. O objetivo é discutir e elencar denúncias e reivindicações que serão apresentadas à Organização das Nações Unidas (ONU) e aos governos de Lula (PT) e Renato Casagrande (PSB).
Organizado pela Associação Grupo Orgulho, Liberdade e Dignidade (Gold) em parceria com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), o evento culminará na elaboração de uma carta. Sendo assim, essa carta será o resultado dos debates realizados durante o encontro e abordará questões como o apoio aos defensores dos direitos humanos, a ameaça às pessoas trans e travestis, e a luta contra leis consideradas violentas e arbitrárias.
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A diretora de projetos da Gold, Deborah Sabará, destacou a importância de reconhecer as trans e travestis como defensoras dos direitos humanos. Ela enfatizou que essas pessoas estão lutando por causas que vão além das questões diretamente relacionadas à comunidade LGBTQIA+, como meio ambiente, questões raciais, saúde, educação e mais.
Convidados especiais
O evento contará com a presença de figuras importantes, como a deputada Linda Brasil, primeira mulher trans a ocupar uma vaga na Assembleia Legislativa de Sergipe, e a cacica Majur Traitowu, primeira indígena trans a ocupar essa posição. Representantes dos ministérios da Saúde e da Mulher, da ONU, e do Fundo Brasil de Direitos Humanos também estarão presentes.
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Tema de debate
Desse modo, o encontro também abordará os dados alarmantes sobre homicídios e violações de direitos humanos contra pessoas trans no Brasil. A Antra elaborou um dossiê que apontou a ocorrência de seis homicídios de pessoas trans no Espírito Santo em 2022. Isso colocou o Estado em 10º lugar no ranking nacional.
Deborah, responsável pela coleta dos dados no Espírito Santo, alertará para a subnotificação. Ela mencionará a falta de reconhecimento das vítimas como pessoas trans. Isso é especialmente notado em cidades do interior. Porém, ela também destaca a necessidade de os movimentos sociais acolherem as trans e travestis. Eles devem trabalhar a temática da transfobia de maneira mais abrangente.
Objetivo do evento
A princípio, o encontro na Serra será um marco na luta pelos direitos das pessoas trans e travestis no Brasil. O evento não apenas proporcionará um espaço para debater e elaborar reivindicações. Mas também servirá como um lembrete da importância de reconhecer e valorizar a contribuição dessas pessoas em diversas áreas da sociedade.