Na noite de 8 de fevereiro de 2016, o jovem tatuador Hudson Pinto Valadares Júnior, então com 29 anos, foi morto no bairro Jardim Tropical, na cidade de Serra. Morador de São Pedro, na capital Vitória, Hudson tinha ido a Serra para fazer uma tatuagem.
Testemunhas da época relatam que alguém alvejou Hudson em uma esquina. Tentando escapar, ele correu para uma igreja próxima, mas não sobreviveu e faleceu no local. Inicialmente, o motivo do crime permanecia desconhecido.
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Conforme apurado pela reportagem do Serra Noticiário, Hudson Júnio era apaixonado pela sua profissão de tatuador, além de ser muito querido entre os amigos e familiares.
DHPP Serra desvenda o caso de Jardim Tropical
Contudo, no dia 2 de julho de 2019, após três anos de investigações meticulosas, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra efetuou a prisão de Thiago de Oliveira, mais conhecido pelo apelido de “Esquilo”, no bairro Cantinho do Céu.
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O delegado Rodrigo Sandi Mori, que liderou as investigações do caso, revelou que a motivação do crime foi uma dívida de R$ 700 que Hudson cobrou de Thiago, valor referente a uma tatuagem. O delegado também fez questão de esclarecer que Hudson não estava envolvido em atividades ilícitas.
Na época, com um mandado de prisão preventiva em mãos, os policiais civis encaminharam Thiago ao sistema prisional. Vale ressaltar que Lucas Venicios Souza Reis, o segundo suspeito do assassinato, já se encontrava detido quando a operação foi realizada.
“Os dois negam qualquer participação na morte de Hudson. No entanto, dispomos de provas suficientes para afirmar que são os autores deste crime hediondo“, completou o delegado Sandi Mori.
O Ministério Público havia formalizado a denúncia contra os dois acusados pela morte de Hudson. Sendo assim, a Justiça acatou rapidamente a denúncia, tornando Thiago e Lucas réus. Desde então, ambos aguardaram o julgamento detidos.
Condenação pela morte do tatuador
Segundo informações apuradas pela nossa reportagem, a 3ª Vara Criminal do Tribunal do Júri da Serra condenou Lucas Venicios Souza Reis e Thiago de Oliveira no último dia 28 de setembro. O tribunal os considerou culpados pelo homicídio qualificado de Hudson Pinto Valadares Júnior, com agravantes de premeditação e motivo torpe.
Lucas, com duas condenações anteriores, recebeu uma sentença de 18 anos e 8 meses de reclusão em regime fechado. Thiago, que não tinha antecedentes criminais, foi sentenciado a 16 anos e 4 meses, também em regime fechado. O juiz manteve as prisões cautelares, e ambos começarão a cumprir suas penas imediatamente.
Fim da impunidade
Portanto, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) Serra, o Ministério Público e o Tribunal do Júri atuam de forma contínua, mostrando que, mesmo em um cenário de adversidade, é possível alcançar a justiça.
Embora nada possa trazer Hudson de volta, a condenação dos responsáveis pode oferecer um certo grau de alívio para a família e amigos da vítima, e reafirmar o compromisso da sociedade com a justiça e contra a impunidade.