A previdência dos servidores do município da Serra tornou-se sinônimo de preocupação e insegurança para os atuais e futuros servidores aposentados da Serra. De um lado, temos a gestão do ex-prefeito Sergio Vidigal, de 2012, quando foram investidos R$ 40 milhões em títulos do Banco BVA, uma instituição privada do Rio de Janeiro. Essa ação culminou na falência do banco e na perda de milhões do Instituto de Previdência dos Servidores do Município da Serra (IPS).
No lado oposto, mas não menos impactante, temos o rombo milionário deixado pelo também ex-prefeito Audifax Barcelos, cujas contas de 2020, relativas ao IPS, foram recomendadas para rejeição pelo Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCE-ES), devido à insuficiência financeira de R$ 36,9 milhões.
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Em ambos os casos, o prejuízo financeiro significativo para o IPS levanta questionamentos sobre a responsabilidade e transparência dos ex-prefeitos e atual prefeito Sergio Vidigal na gestão dos recursos destinados à previdência dos servidores do município.
O episódio do Banco BVA durante a gestão de Vidigal é um exemplo agravante. Apesar de o banco não estar cadastrado para receber investimentos do IPS, a administração de Vidigal optou por investir uma soma substancial de recursos do Regime Próprio de Previdência Social. Esta decisão, que resultou na perda de milhões, foi categorizada como uma gestão temerária e, como evidenciado pelo Ministério Público Federal (MPF), constitui uma grave infração às normas legais.
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A situação de Barcelos não é melhor. A ausência de aporte financeiro para cobrir o déficit do IPS e o desequilíbrio financeiro e atuarial identificado pelo TCE-ES são marcas de uma administração que negligenciou a sustentabilidade do sistema previdenciário do município.
Os servidores municipais, que preferiram permanecer anônimos por medo de represálias, expressaram preocupação e frustração com a situação. Eles apontam para a falta de comprometimento com a gestão responsável dos recursos públicos e a proteção dos direitos dos servidores como causas principais desses problemas financeiros.
A transparência, fiscalização e uma gestão cuidadosa dos investimentos são vitais para a sustentabilidade de qualquer fundo previdenciário. Falhas nesses aspectos, como as demonstradas durante as gestões de Vidigal e Barcelos, colocam em risco o futuro financeiro dos servidores e a estabilidade da Previdência da Serra.
É urgente que medidas sejam tomadas para corrigir essas irregularidades, garantir a estabilidade da previdência da Serra e evitar a repetição desses erros em futuras administrações.
Como bem colocou um servidor: Vidigal e Barcelos podem ter sido “Cara de um, focinho do outro” quando se trata da gestão da previdência. E isso é algo que os servidores do município da Serra não podem se dar ao luxo de permitir novamente.
** Este texto não reflete, obrigatoriamente, a opinião do Serra Noticiário