Há anos defendo que a Serra precisa vencer no âmbito da governança municipal as resistências que existem contra as Escolas Cívico-militares. Talvez por arrogância administrativa, aprisionamento ideológico ou pura má vontade, a Serra continue em descompasso com a coragem política que hoje é perceptível em Viana e Cariacica. Em cada um desses municípios existem duas dessas Unidades.
Além de estudar o assunto, dedico-me a conhecer in loco essas instituições de ensino. O que vi nas duas visitas que fiz reforçou ainda mais as minhas convicções, e por isso mesmo a minha disposição de luta.
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Conversei com militares, diretores civis, professores, profissionais da limpeza e da merenda, conversei com alunos. Lá não existe qualquer registro de violência, o que existe é disciplina, exatamente o que a vida e o mundo do trabalho exigem de todos. Lá existe ótima performance nas notas, zero caso de uso de maconha ou qualquer tipo de entorpecente, é comprovada a grande participação de pais e responsáveis nas reuniões das Escolas. Além disso, são escolas inclusivas, ou seja, há vários alunos com alguma deficiência. Não há caso de Bullying.
Os alunos desenvolvem diferentes atividades complementares, inclusive aulas de xadrez. Não vi uma única parede riscada nem mesmo no banheiro. Os alunos sabem cantar o Hino Nacional, o Hino do Espírito Santo e o da cidade. Sabem reverenciar os símbolos nacionais.
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Diferentemente do IFES, em nenhuma Escola Cívico-militar existe debate sobre “uso de banheiro conforme identidade de gênero”. Ou seja, meninos usam banheiros de meninos e meninas usam banheiros de meninas.
Até hoje nenhum “maluco” ousou perpetrar atentado contra as escolas Cívico-militares. Afinal, criminosos armados só temem homens de bem armados.
Cariacica, Viana, Vila Velha e dezenas de municípios do Espírito Santo, e centenas de municípios do Brasil, já comprovaram empiricamente a eficiência das Escolas Civico-militares.
Entretanto, a Serra finge que esse inquestionável sucesso não existe. Prefeito pela quarta vez, chegando a dezesseis anos à frente da administração da cidade, Sérgio Vidigal não abriu esse debate, e por isso impediu a cidade de ter pelo menos uma Unidade de Ensino Cívico-militar. Como disse, Cariacica, com enormes dificuldades financeiras diante das demandas, o atual prefeito Euclério Sampaio, com escassos recursos, com menos de três anos à frente da administração do município, já transformou em realidade duas escolas Cívico-militares.
Assim sendo, a Serra só terá uma Unidade de ensino Cívico-militar por meio da mobilização de pais, mães, alunos, professores, policiais, empresários, etc. Humildemente, coloco-me à disposição deste debate. Como policial, professor e pai, acho que posso contribuir. E você, o que acha?
** Este texto não reflete, obrigatoriamente, a opinião do Serra Noticiário
Sargento Maurício – Colunista Serra Noticiário – Formado em jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), 1° Sargento da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), cursou Ciências Sociais e Letras Português, professor, blogueiro e analista político.