A Região Metropolitana da Grande Vitória possui hoje em torno de 2 milhões de habitantes, representando um centro econômico fundamental para o Estado do Espírito Santo. A cidade da Serra, capitaneando a locomotiva, representa 25% desta população e produz 10,1% da receita total capixaba com cerca de 2 bilhões de reais em arrecadação anual.
A par desses números excitantes, sabe-se que a cidade sofre – como muitas no país – com a falta de infraestrutura, notadamente, a rodoviária, braço mais musculoso do transporte de cargas no Brasil, em virtude do modelo adotado desde a industrialização.
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Projetos estratégicos e pautados em análises técnicas são essenciais para o desenvolvimento da economia e, no caso da Serra, a contemplação da obra do Contorno do Mestre Álvaro em 2019 representará uma correção histórica do Governo Federal com a cidade e com o Espírito Santo por meio do fomento ao desenvolvimento da Região Metropolitana da Grande Vitória.
Há dezenas de anos o estado do Espírito Santo fica à míngua de investimentos federais, especialmente, se feita uma comparação com o século passado quando foi o destino de ferrovias e de portos. Ao longo dos últimos anos, o estado passou uma verdadeira via crucis para alcançar obras de impacto socioeconômico de verdade, como o novo Aeroporto – uma das novelas mais longas do país, só perdendo para a duplicação das BR-101 e BR-262.
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Segundo dados da FINDES, as más condições das rodovias inibem o turismo e oneram o setor produtivo, uma vez que consomem 12,4% do PIB e que as empresas chegam a gastar 7,6% de suas receitas com logística.
Os quilômetros de extensão previstos para a realização da obra do Contorno do Mestre Álvaro, segundo o DNIT representarão quase 500 milhões de reais em investimentos do Governo Federal por meio de serviços de terraplanagem, drenagem, pavimentação, vias elevadas e outras obras complementares. Os adiamentos na obra tem sido alvo de atenção constante deste subscritor, assim como são e serão a qualidade da obra entregue.
Mais do que as cifras, é importante deixar claro que o Contorno do Mestre Álvaro deixará como legado a retirada do trânsito pesado de dentro da zona urbana da Serra, o que, sem dúvidas, implicará na redução de acidentes, na fluidez do trânsito e na segurança de quem trafegar na BR-101, inclusive sentido ao Norte do Espírito Santo. Sem falar no alívio aos caminhoneiros que terão a viagem encurtada com segurança e melhora na qualidade de vida e da eficiência do brilhante trabalho que exercem para carregar este país sobre rodas, além de tornar o Estado e as empresas mais competitivos e efetivos no transporte de cargas.
Além do mais, a expectativa do DNIT é a redução do tráfego em até 35% só no Município da Serra que, atualmente, recebe no trecho diariamente cerca de 50 mil veículos, o que vai beneficiar moradores de todas as regiões que trafegam na cidade e são torturados com os engarrafamentos constantes, além de dar mais paz e tranquilidade aos moradores serranos, hoje no epicentro de uma rodovia com tristes índices fatais.
Investimento em infraestrutura é propulsão para o desenvolvimento econômico e, além das questões viárias, é seguramente um caminho certo para a geração de empregos diretos e indiretos, o que implica em autoestima, bem estar e crescimento para as famílias e para as cidades. A Serra, assim, vira o alvo de uma grandiosa e transformadora obra que representa uma correção histórica de investimentos de baixo impacto no Espírito Santo nos últimos anos.
Artigo escrito por: Pablo Muribeca
*Este texto não reflete, obrigatoriamente, a opinião do Serra Noticiário
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