Há quatro anos atrás o país se chocou com o caso envolvendo a diarista Marciane Pereira dos Santos, que teve 40% do corpo queimado pelo então ex-marido, André Luiz dos Santos. Na ocasião, os dois não estavam mais juntos, porém o rapaz não aceitava o término da relação.
Assim, no dia 8 de setembro de 2018, no bairro Jardim Tropical, na Serra, o homem jogou álcool no corpo de Marciane dos Santos, e ateou fogo na mulher de 36 anos. André dos Santos, que é cadeirante, cumpria prisão preventiva no Centro de Detenção Provisória de Viana 2, aguardando o julgamento que teve seu veredito nesta terça-feira (30).
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O julgamento
O julgamento começou por volta das 13h, no fórum da Serra. André dos Santos foi à júri popular e após cerca de 8 horas, a sentença lida pelo juiz Douglas Demoner Figueiredo determinou a condenação do réu a 32 anos de prisão em regime fechado por tentativa de homicídio por motivo torpe, por ter utilizado recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio.
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O texto da sentença ainda salientou que as lesões causadas pela tentativa de assassinato deixaram sequelas como dificuldades de locomoção, necessidade de inúmeros cuidados médicos, farmacêuticos, psicológicos e procedimentos fisioterápicos. A vítima esteve presente no julgamento, mas optou por deixar o recinto nos momentos em que a defesa do réu argumentava pela amenização da pena.
Marciane teve 40% do corpo queimado e passou cerca de 5 meses internada, sendo 50 dias na UTI. Além disso, por conta das queimaduras, a mulher teve uma perna amputada e perdeu parte dos dedos da mão direita.
“Eu estava bem eufórica, saí chorando. Minha vontade era de falar, perguntar a ele [André] como está, se sente o impacto que causou na minha vida e na vida dos meus filhos”
Marciane
Marciane é mãe de dois filhos, sendo o caçula fruto do relacionamento com o agora condenado, André Luiz dos Santos. Atualmente, Marciane atua como palestrante ajudando outras mulheres que assim como ela, foram vítimas de violência doméstica.