Um preso foi encontrado morto na cela do Centro de Detenção Provisória da Serra, que segundo denúncias, atualmente ocupa quase o dobro da capacidade máxima nesta quinta-feira (25).
O detento trata-se de Alexandro Caldeira, que teria sido espancado pelos colegas de cela até a morte. O Serra Noticiário entrou em contato com a Secretaria de Justiça (SEJUS), e foi informado de que o presidiário estava desacordado quando foi socorrido pelos Policiais Penais.
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O rapaz foi encaminhado para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos e chegou a óbito. A SEJUS informou que a Polícia Civil já está no comando das investigações e que todos os procedimentos cabíveis foram adotados. Ainda não se sabe o motivo do assassinato do detento.
Segundo informações, a Penitenciária Provisória da Serra atualmente abriga quase o dobro da capacidade máxima do presídio. São 1.039 detentos para um espaço que em tese deveria receber apenas 548. Além disso, a penitenciária teria um corpo de apenas 10 policiais, sendo que 4 deles estariam encarregados do transporte de detentos.
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A reportagem entrou em contato com a assessoria da Sejus para confirmar esses dados sobre a ocupação do CDP da Serra, porém, não obteve respostas até o momento da publicação.
Há dois meses, dois casos parecidos ocorreram em duas penitenciárias do Espírito Santo. A primeira delas no dia 26 de junho, um homem foi encontrado morto numa cela do Centro de Detenção Provisória de Guarapari após ser espancado por outros detentos. Dois dias depois, o mesmo caso ocorreu em uma unidade de Vila Velha.
Casos semelhantes em penitenciárias provisórias do Espírito Santo, levantam suspeitas de que a superlotação impede que detentos de gangues e facções rivais fiquem separados, o que resulta nesses confrontos e até assassinatos dentro das penitenciárias.
O Serra Noticiário permanece acompanhando o caso de Alexandro Caldeira da Penitenciária Provisória da Serra, e trará atualizações assim que possível.